A dor de perder uma pessoa querida é inexplicável. Muitos conseguem seguir em frente, enquanto outros demoram para assimilar a perda ou simplesmente não resistem.
![Ademir, ex-jogador do Corinthians, ao lado da esposa](https://futhistoria.com.br/wp-content/uploads/2023/08/ademir-esposa-600x400.jpg)
Foi o que aconteceu com Elisabete Aparecida Bagnoli Gonçalves, que foi casada com Ademir Gonçalves, jogador do Corinthians nos anos 1970. Ela faleceu horas depois do velório do marido.
Zagueiro de raça
![Ademir no XV de Piracicaba](https://futhistoria.com.br/wp-content/uploads/2023/08/ademir-xv-de-piracicaba-600x400.jpg)
Ademir jogou pelo Corinthians entre 1972 e 1978. Zagueiro raçudo, encantou a fiel torcida corintiana, que passou a vibrar com cada roubada de bola e a forte marcação aplicada pelo jogador em seus adversários.
Ele estava presente na grande conquista do Campeonato Paulista de 1977, em que o Corinthians derrotou a Ponte Preta por 1 a 0 e saiu de uma fila de 23 anos sem ganhar um título sequer. Ademir fez história no Timão ao lado de Basílio, Palhinha, Zé Maria e Wladmir.
O jogador também passou por XV de Piracicaba, Guarani, Oriente Petrolero, São José-SP e União Barbarense, encerrando a carreira em meados dos anos 1980.
O adeus
![Ademir, ex-jogador do Corinthians](https://futhistoria.com.br/wp-content/uploads/2023/08/ademir-600x400.jpg)
No dia 23 de junho de 2022, Ademir morreu, aos 75 anos. A causa da morte não foi divulgada. Quem divulgou o falecimento do ex-zagueiro foi sua sobrinha, Fernanda Bagnoli.
“Com o coração arrebentado de tristeza tanto quanto de gratidão e amor por tudo o que partilhamos, comunicamos que o nosso capitão Ademir Gonçalves retorna à vida espiritual. Esse ser humano fantástico nos fez maiores e melhores todos os dias de nossas vidas”, escreveu nas redes sociais.
Horas depois do velório do ex-jogador, sua esposa Elisabete Aparecida não suportou a perda e acabou falecendo após sofrer uma parada cardíaca.
“Minha tão amada tia Bete não suportou a vida na terra sem o seu Ademir. Seu coração se partiu sem o seu amor. Ela também retorna, agora, à pátria espiritual. Foi ao reencontro do seu eterno amor, que era também a sua vida. Irmanados em afeto e fé, creio que devagarinho superaremos tão difícil despedida”, divulgou Fernanda.
Isso mostra que, além da bola, o grande amor de Ademir foi Elisabete. Nem a morte os separou.