Com o fim da Central do Apito no início do ano, o casal de ex-árbitros Sandro Meira Ricci e Fernanda Colombo foram demitidos da Globo. Fora da televisão, a dupla vive de forma diferente do padrão da maioria da sociedade; Sandro e Fernanda adotaram um estilo de vida que preserva o meio ambiente.
Hoje, o casal vive no Rio, mas quando morava em Brasília já havia optado por não ter carro. A caminhada e a bicicleta, além do transporte público, eram os meios de locomoção dos ex-árbitros na capital federal.
Conscientes dos problemas ambientais e climáticos, eles também adotaram práticas sustentáveis dentro de casa. Morando em um apartamento de 36 metros quadrados, Sandro e Fernanda economizaram tempo e energia ao cuidar do lar.
“Não podia nem brigar porque não tinha como cada um ir pra um quarto (risos)”, brincou Fernanda em entrevista ao site Ecoa, do UOL.
Casal saúde
Segundo Fernanda Colombo, não foram poucas as vezes em que eles foram questionados por que não compraram um carro e se arriscavam andando de bicicleta.
“Muita gente falava que a gente era maluco porque o carro era mais fácil e confortável, só que a gente gosta muito de praticar exercícios e conseguimos adaptar isso no nosso dia a dia”, explicou a ex-auxiliar.
Para Sandro Meira Ricci, a mensagem que o casal deseja passar não é de superioridade por não adquirir um automóvel. Segundo o ex-árbitro da FIFA, é apenas uma adaptação da vida deles, que sem muito tempo para praticar exercícios, aproveitaram a bicicleta como meio de transporte e atividade física.
“Não queremos dar a entender que somos antipáticos a quem tem carro, às vezes o carro é uma necessidade. Não tem nada a ver isso de quem tem carro é pior ou melhor. É só uma questão de você adaptar a sua vida para não precisar usar o tempo todo”, declarou.
Todo mundo sai ganhando
Ainda na entrevista, Fernanda revelou nunca ter comprado um veículo na sua vida por conta do alto custo: gasolina e manutenção. Já para Sandro, todo mundo sai ganhando: o meio ambiente e o casal.
Fernanda ainda contou um episódio em que foi conhecida no transporte público e chocou o torcedor: “Por que você não anda de carro?!”.
“As pessoas ligam o fato de ter um carro a um status social. A pessoa não deveria ficar surpresa por eu estar pegando um transporte público. Em outros lugares, é normal as pessoas não terem carro”, declarou.
Após a mudança para o Rio de Janeiro, o casal acabou escolhendo um apartamento maior, visando qualidade de vida. A nova moradia ficava a apenas 1km de distância da Globo, mas o hábito da bicicleta se manteve.
“A gente sabe que quando se opta por um tipo de transporte como a caminhada e a pedalada a gente tem que ter cuidado porque estamos mais expostos no trânsito”, pontuou Colombo, ciente dos perigos.
As grandes cidades do Brasil ainda não se estruturaram para os ciclistas. Muitas vias, ruas e avenidas não possuem ciclofaixas e há pouco respeito por parte dos automóveis, fazendo com que o desânimo de quem deseja encontrar outra maneira de viver aumente.
“Se mais pessoas tivessem essa escolha, isso contribuiria muito para cuidar do planeta. É um micro que, se todos fizerem, vira um macro”, finalizou Fernanda.
