O futebol é recheado de histórias de jogadores que fizeram sucesso em algum clube, tiveram o mundo aos seus pés em determinado momento, mas, quando se aposentaram, perceberam que não sobrou nada.

    Jô, ex-atacante do Corinthians
    Jô (Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

    O ex-atacante , ídolo do Corinthians, quase entrou para essa estatística, que reflete a sociedade brasileira, que não oferece educação e preparo para lidar com os altos e baixos da vida.

    Quando conquistou a Libertadores com o Galo, Jô não poupava esforços e despesas na noite mineira. Como resultado, vieram a queda de rendimento e um divórcio.

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    Com sorte, o ex-atacante conseguiu perceber o buraco em que estava se enfiando e decidiu parar com a bebida e as noitadas. Para isso, Jô se apegou à religião.

    Em entrevista à Folha de S. Paulo, no dia 18 de novembro de 2016, o atacante recém-contratado do Corinthians abriu seu coração.

    Álcool: a porta de entrada

    Jô e Willian
    Jogadores Jô e Willian no Corinthians (Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

    Jô tinha 29 anos na época e estava voltando para sua casa, o Corinthians, clube que o revelou para o futebol. Ao ser questionado sobre como aconteceu essa mudança de comportamento, o ex-atacante não pestanejou.

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    “Decidi mudar quando vi que realmente estava perdendo tudo. A minha vida estava sem sentido, me afundando e ficava um vazio. Comecei a frequentar a igreja e mudei a partir do momento que encontrei Deus. Parei com o álcool, parei de sair e respeito hoje a minha família, a minha esposa e meu filho”, revelou Jô.

    Segundo o cristão, ele nunca utilizou outra substância além da bebida alcoólica e afirmou que ela é a abertura para fazer “outras coisas”.

    “Realmente só foi o álcool. Nunca mexi com outra substância. Nunca tive nem intenção de experimentar. Mas é através do álcool que você faz outras coisas, você parte para a traição”, contou o ex-atacante.

    Uma grande mulher

    Jô e Cláudia Santos
    Jô e Cláudia Santos (Reprodução / Instagram)

    O bicampeão brasileiro pelo Timão disse à reportagem que sua esposa, Cláudia Santos, foi fundamental para retomar o foco na sua carreira como jogador.

    “Minha mulher sempre acreditou na minha mudança e esteve do meu lado nos problemas extracampo. Meus pais também sempre estiveram do meu lado e pediam para eu pensar no que estava fazendo. Se eu não tivesse essas pessoas, acho que hoje eu nem estaria aqui. Acho que estaria numa pior. De repente até uma morte por dirigir bêbado diversas vezes”, explicou Jô.

    De fato, Jô encontrou seu caminho. O ex-centroavante foi o principal jogador do time na conquista do Campeonato Brasileiro de 2017, um título improvável, que poucas pessoas acreditavam.

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    Durante a sua carreira, Jô fez 767 jogos e 239 gols. Os clubes mais marcantes na sua carreira foram: Corinthians, CSKA e Atlético Mineiro. O ex-atacante também representou o Brasil na Copa do Mundo de 2014.

    Após passagem meteórica pela Arábia Saudita, Jô anunciou aposentadoria do futebol, aos 36 anos.

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