Saiba quem foi o inventor da cavadinha nas cobranças de pênaltis

09/02/2023 às 16h51

Por: Jônatas Mesquita
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Quem não se lembra do uruguaio Loco Abreu (foto abaixo) cobrando um pênalti com cavadinha em plena Copa do Mundo? O jogo inesquecível, realizado em 2010 contra a seleção de Gana, em plena decisão por pênaltis nas quartas-de-final, colocou o Uruguai na semifinal do mundial da África do Sul.

Loco Abreu atuando pelo Botafogo (Reprodução / Web)

Mas, antes de Loco, outros jogadores já aplicavam a técnica na hora de cobrar pênaltis. Em 2006, Zinedine Zidane, na final da Copa do Mundo da Alemanha, também realizou uma cobrança com estilo no jogo contra a Itália.

Messi, Neymar, Sérgio Ramos, Pirlo, Totti, Alexis Sánches, Djalminha, Marcelinho Carioca, entre tantos outros, vez ou outra deixam – ou deixavam – 0 os goleiros desnorteados com as suas cavadinhas. Mas a técnica é bem mais antiga…

Precursor da cavadinha

Antonín Panenka

Antonín Panenka, o pioneiro da cavadinha (Reprodução / Web)

A primeira cobrança de cavadinha que se tem notícia, ou pelos a primeira que ficou na memória dos torcedores, aconteceu na final da Eurocopa de 1976. Sim, um jogador teve a frieza de realizar tal feito em um momento único.

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O jogo, realizado entre a antiga Tchecoslováquia e a Alemanha Ocidental, terminou empatado em 2 a 2, considerando o tempo regulamentar e a prorrogação.

Na hora dos pênaltis, o meia-atacante tcheco Antonín Panenka (foto acima) era o responsável por realizar a última cobrança do seu time. Na batida, a cavadinha, o gol e o título europeu – o único da Tchecoslováquia, que depois foi dividida em República Tcheca e Eslováquia.

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O gol (veja no vídeo acima) deixou o mundo boquiaberto e a palavra Panenka ficou reconhecida como sinônimo de ousadia. Aliás, o sobrenome do meia tcheco batiza a jogada nos mais diversos idiomas, entre eles o espanhol, inglês e francês.

Técnica surgiu para ganhar dinheiro

Antonín Panenka

Antonín Panenka aposentado (Reprodução / Web)

Embora tenha sido aplicada na final da Euro, a técnica surgiu antes. O jogador, que hoje tem 74 anos, defendia o Bohemians Praga, time do seu país natal, e inventou e treinou a famosa cavadinha por dois anos.

“Depois de cada treino, eu costumava disputar uma aposta batendo pênaltis contra o nosso goleiro. Como ele era muito bom, aquilo começou a ficar caro para mim. Então, comecei a pensar em formas de derrotá-lo para recuperar o que tinha perdido”, afirmou Panenka em entrevista ao site oficial da Uefa em 2016.

Sangue frio ou displicência?

Adyson, América MG

Adyson jogando pelo América MG na Copinha de 2023 (Reprodução / Web)

Hoje em dia, muitos jogadores marcam seus gols utilizando a técnica. Recentemente, em um jogo da Copinha, o garoto Adyson (foto acima) marcou o gol da vitória do América MG contra o Bragantino com um golaço de cavadinha.

Mas, afinal, a técnica é sinônimo de sangue frio e personalidade ou é displicência e falta de respeito?

Para um dos nomes que fixou a técnica no Brasil, o ex-jogador Loco Abreu, que teve uma passagem marcante pelo Botafogo do Rio de Janeiro, a cavadinha nunca foi um ato de loucura.

“Ato de loucura é dar porrada no juiz, é ir ao treinamento bêbado ou não ir ao treinamento”, disse em entrevista à Globo em 2011.

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