Um dos jogadores mais emblemáticos da Seleção Brasileira foi o lateral-esquerdo Branco. O gaúcho de Bagé, com seus 1,80 metros de altura, fez parte das equipes que disputaram as Copas do Mundo de 1986, 1990 e 1994.

    Branco e Maradona
    Branco e Maradona em jogo entre Brasil e Argentina (Reprodução / Web)

    Envolvido em casos inusitados, como a água “batizada” pelos argentinos na Copa de 1990, o jogador foi decisivo na conquista do tetracampeonato, quatro anos depois. Branco foi autor do gol de falta que deu a vitória ao Brasil no jogo contra a Holanda, nas quartas-de-final.

    O lateral ficou marcado, principalmente, pela potencia dos seus chutes, fossem de falta ou com a bola em andamento, o que lhe trouxe algumas famas pesadas na carreira.

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    Cegou fotógrafo

    Luiz Sitolini
    Fotógrafo Luciano Sitolini (Reprodução / Web)

    Um dos feitos negativos atribuídos a Branco foi ter cegado um fotógrafo de campo. O episódio teria acontecido no último amistoso da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo dos EUA.

    Na partida, realizada contra El Salvador, o Brasil saiu vitorioso pelo placar de 4 a 0. Alegria da torcida, tristeza do fotógrafo Luciano Sitolini (foto acima), que estava atrás do gol do time adversário do Brasil.

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    Um chute “certeiro” do lateral-esquerdo brasileiro atingiu em cheio a câmera do profissional, que fazia a cobertura da partida para um jornal brasileiro.

    Mas, ao contrário do que os boatos diziam, Luciano não ficou cego. O que não faz do incidente algo sem gravidade. O fotógrafo precisou passar por cirurgia, levou nove pontos na parte interna do olho e perdeu dois dentes.

    De acordo com matéria do UOL Esporte, Luciano abandonou a carreira após o acidente e vive nos Estados Unidos. Dias depois do episódio, o fotógrafo visitou a concentração do time e foi agraciado por Branco com uma camisa e uma bola.

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    Assassinato involuntário

    Branco, na Seleção Brasileira
    Jogador Branco na Seleção Brasileira (Reprodução / Web)

    Se você acha que o incidente acima foi assustador, espere só para ler o segundo caso. O evento aconteceu quatro anos antes, na segunda Copa disputada por Branco, em 1990. O boato é que o jogador teria levado um adversário à morte.

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    O jogador assassinado, segundo teorias, é o escocês Murdo MacLeod, que enfrentou o Brasil na última rodada da fase de grupos da Copa da Itália. Na partida, que foi vencida pela Seleção Brasileira por 1 a 0, o ex-meia de Celtic e Borussia Dortmund, levou uma pancada de Branco. Para ser mais preciso, o escocês levou uma bolada na cabeça em uma cobrança de falta que atingiu impressionantes 100km/h.

    Murdo caiu sem sentidos no chão e foi rapidamente atendido pela equipe médica do jogo. Na sequência, o jogador foi levado para o hospital, onde foi constatada uma concussão cerebral.

    O escocês, que na época tinha 31 anos de idade, recuperou-se do incidente e jogou futebol por mais sete anos, encerrando a carreira em 1997. Após a aposentadoria, ele passou a trabalhar como comentarista esportivo na TV, em emissoras de rádio e também em jornais. Atualmente, tem 64 anos de idade.

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    Murdo Macleod
    Murdo MacLeod, ex-jogador escocês (Reprodução / Web)

    O “fantasma” vivo de MacLeod assombrou Branco durante muito tempo. Em entrevista ao UOL Esporte, em 2 de fevereiro de 2013, o jogador falou sobre o incômodo que era ser associado a uma morte.

    “Isso é natural, muito torcedor vem e me fala isso. Tem gente que nem me pergunta, já chega afirmando: ´você matou um cara uma vez´. Eu falo que não matei ninguém não. Graças a Deus ele não morreu. O cara está bem”, afirmou.

    “Torcedor tem isso às vezes. Mas o cara não morreu. Ele teve algo no cérebro só e precisou sair da partida. Mas eu não matei ninguém, não, está louco?”, completou o jogador, que revelou não ter tido mais contato com o escocês, nem após a partida.

    O que o jogador Branco faz

    Ex-jogador Branco
    Ex-jogador Branco (Reprodução / Web)

    Cláudio Ibraim Vaz Leal, conhecido como Branco, nasceu no dia 4 de abril de 1964, em Bagé (RS). Descendente de libaneses e portugueses, o jogador iniciou sua carreira nas categorias de base no Bagé, transferindo-se na sequência para o Guarany de Bagé. Em 1981, vestindo a camisa do Internacional, deu início a sua carreira profissional.

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    O ex-lateral colecionou passagens por times como Internacional, Fluminense, Brescia e Genoa, da Itália, Porto, de Portugal, além de Flamengo e Corinthians, entre outros clubes de menor expressão. Na Seleção Brasileira, esteve em três Copas do Mundo, ficando marcado em todas elas.

    Após se aposentar, Branco se tornou coordenador técnico das divisões de base da CBF, cargo que deixou para ir para o Fluminense. Dois anos depois, deixou o time carioca após pendências trabalhistas. Como técnico, o ex-jogador passou por equipes como Figueirense, Sobradinho (DF) e Guarani. Atualmente, é coordenador técnico da Seleção Brasileira Sub-20.

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