Ser uma das seleções de maior destaque no mundo, faz da Canarinho uma rival comum para muitos outros times. Diga-se Argentina e França, por exemplo, que vivem no calcanhar do Brasil.

    Carlos Gallo Seleção

    Quem já fez parte desta escalação sabe o peso (para o bem e para o mal) que este uniforme traz. A cobrança acontece não só durante ou após os jogos, mas, anos depois, muitos jogadores são questionados sobre os erros e exaltados sobre os acertos.

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    Pé frio

    Carlos Gallo Palmeiras

    Quem amarga um triste episódio na carreira é o paulista Carlos Alberto Gallo, que foi destaque na Ponte Preta, Corinthians, Atlético Mineiro, Guarani, Palmeiras (foto acima) e Portuguesa. Em Copas do Mundo, atuou como titular, em três edições: 1978, 1982 e 1986.

    Nesta última, que foi sediada pelo México, Carlos ganhou o título de pé-frio. Tudo graças ao jogo contra a França, nas quartas de final. O Brasil seguia invicto no torneio e havia marcado 10 gols. Apesar da ótima atuação do goleiro nos quatro jogos anteriores (mesmo se recuperando de uma lesão na mão), o quinto e último marcou a vida do ex-jogador.

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    No estádio Jalisco, em Guadalajara, Brasil e França empataram em 1 a 1 no tempo regulamentar e prorrogação, com gols de Careca e Platini. Assim, o resultado levou o jogo para os pênaltis.

    Bruno Bellone foi o terceiro a bater pênalti para a França. Nervoso, fechou os olhos e chutou, sem rumo, uma bomba em direção ao gol do Brasil, batendo violentamente na trave e rebatendo nas costas de Carlos (foto abaixo), que não teve como defender. Estava feito o gol contra que foi validado pelo juiz e mandou o Brasil de volta para casa.

    Carlos Gallo Copa 1986

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    Valendo o trocadilho, o jogo foi “zicado” mesmo, já que Zico perdeu um pênalti no tempo regulamentar, Sócrates e Júlio César nos acréscimos. Foram três oportunidades de não ter deixado os Bleus seguirem na Copa. Uma decepção gigantesca para a torcida, que viu seus craques deixarem a taça escapar das mãos. Carlos seguiu como titular na Seleção até 1988, sendo substituído por Taffarel, mas atuou como reserva até 1993.

    Do interior para o mundo

    Carlos Gallo Treinador

    Vale ressaltar que Carlos foi o único jogador brasileiro que disputou duas Copas do Mundo defendendo times do interior. Considerado um dos melhores goleiros da história da Ponte Preta, ele atuou como jogador até 1993.

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    Aposentou as luvas, mas não os gramados. Seguiu como treinador do Campo Grande (RJ) e Operário (MT), formando-se em Educação Física. Foi então treinador de goleiros da Ponte Preta, de 2007 a 2011 e das categorias de base do São Paulo, de 2012 a 2015. Seguiu no tricolor paulista, mas treinando os goleiros do profissional, até 2019.

    Este ano foi contratado como auxiliar técnico do Desportivo Brasil (foto acima), de Porto Feliz (SP).

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