Globo quebrou tradição de anos do JN com a Copa do Catar
05/12/2022 às 19h30
Nessa Copa do Mundo do Catar a Globo quebrou uma tradição de muitos anos – o Jornal Nacional não conta com um âncora direto do país sede do mundial. Esse fato mostra que a emissora resolveu economizar o máximo que pode, mantendo a maior parte da equipe no Brasil.
Listamos abaixo como o principal telejornal do Brasil participou dos mundiais de 1982 a 2018.
Espanha – 1982
Na Copa da Espanha a Globo conseguiu a exclusividade da transmissão dos jogos, repassando as imagens para a TV Cultura. Uma grande equipe foi formada – cerca de 150 profissionais foram para o mundial. O JN abriu um grande espaço para a cobertura e Léo Batista, eventual apresentador do jornal, comandou direto da Espanha os principais fatos do torneio.
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México – 1986
Novamente a Globo preparou uma grande equipe – cerca de 120 profissionais foram para o México. Fernando Vanucci, que apresentava algumas edições do Jornal Nacional aos sábados, trazia as notícias da Copa para o JN direto dos estúdios na Cidade do México. A emoção de Vanucci na derrota do Brasil nas quartas de final foi um dos destaques daquela cobertura.
Itália – 1990
Por conta do Plano Collor, que confiscou as poupanças e congelou os preços, a equipe foi reduzida em 35 profissionais. Mesmo na crise, Vanucci foi o âncora do Jornal Nacional na Itália. Essa foi uma das piores participações da seleção brasileira em Copas – foi eliminada nas oitavas de final pela Argentina.
Estados Unidos – 1994
Na Copa do tetra, 140 profissionais estiveram nos Estados Unidos e, pela primeira vez, um programa de humor – o Casseta e Planeta, Urgente! fazia parte da equipe. Carlos Nascimento, que muitas vezes assumiu a bancada do Jornal Nacional, ficou responsável por passar as principais notícias do mundial.
França – 1998
O mundial da França se tornou a maior cobertura da Globo – 160 profissionais foram envolvidos e dois satélites ficaram disponíveis, 24 horas, para a emissora. Pela primeira vez, o principal âncora do JN apresentou o telejornal no país sede – William Bonner mostrava todos os lances da Copa em um estúdio especial.
Coreia do Sul e Japão – 2002
A primeira Copa na Asia contou com 96 profissionais que percorreram os dois países que sediaram o torneio. Fátima Bernardes fez a apresentação do Jornal Nacional direto de um estúdio, que logo foi descartado. Carlos Henrique Schroder, então diretor de jornalismo, não gostou do que viu e mandou a jornalista para a porta do hotel da seleção. A ideia foi boa e ela fez entrevistas ao vivo com jogadores e o técnico Luís Felipe Scolari. O Brasil foi penta e Fátima se tornou a musa da Copa.
Alemanha – 2006
Agora com 160 profissionais, a emissora manteve o esquema para o Jornal Nacional – Fátima Bernardes continuava fazendo as entradas diretamente do país sede e fora dos estúdios. O triste fato da cobertura foi a morte de Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda, do Casseta e Planeta, Urgente!
África do Sul – 2010
Com uma equipe de 170 profissionais, nada mudou no Jornal Nacional e Fátima estava novamente na cobertura da Copa. Mas por conta do frio intenso, a jornalista perdeu a voz e algumas edições do JN ficou a cargo de Tadeu Schmitd, que na época comandava o Fantástico.
Brasil – 2014
Patrícia Poeta assumiu o posto de Fátima Bernardes, que se mudou para o entretenimento. A Copa foi disputada em casa e Poeta viajou o país ao lado de Galvão Bueno. Nos dias de jogos da seleção, os dois comandavam o jornal direto do estádio. E assim foi no fatídico dia do 7 x 1.
Rússia – 2018
Mais uma mudança no Jornal Nacional – Renata Vasconcellos assumiu a bancada e foi para a Rússia apresentar, ao lado de Galvão, as principais notícias do mundial em um estúdio montado na Praça Vermelha, ao lado do Kremlin. A integração entre Globo, SporTV e Globo News contou com 400 profissionais.