A seleção brasileira não poderia ter feito uma estreia melhor na Copa do Mundo do Catar. Com uma ótima atuação, venceu a Sérvia por 2 a 0, com dois gols de Richarlison. E a Globo também marcou um golaço no jogo do dia 24 de novembro – 50 pontos de audiência, com picos de 53. Na média, foram 51 pontos no Ibope.

    Emissoras como Record e SBT marcaram 1.7 e 1.6, respectivamente. Band e RedeTV! nem chegaram perto de 1 ponto. A última vez que a Globo viu uma audiência tão alta foi na Copa de 2018, nas quartas de final entre Brasil e Bélgica, jogo que acabou desclassificando o Brasil do mundial da Rússia. Nem no jogo de abertura da Copa 2014, realizada no Brasil, a audiência foi tão alta – foram apenas 46,7 pontos.

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    É verdade que a transmissão é exclusiva da emissora carioca, mas mesmo com rádio, streaming e TV a cabo, ela foi imbatível. Diferentemente das outras Copas, o público tem outras opções para acompanhar as partidas. Um exemplo é a exibição do jogo no canal do streamer Casimiro Miguel, que chegou a 3,48 milhões de acessos simultâneos, o que resultou na maior live do YouTube. Mas esses números nem sequer chegam perto da Globo.

    O gol na hora certa

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    Mesmo com uma equipe enxuta, a emissora mostra que a melhor forma de se ver um jogo é mesmo na TV aberta. É louvável todo o trabalho que Casimiro e o Globoplay têm realizado na competição, mas o famoso delay – o atraso da imagem na transmissão – gerou muitas reclamações, pois o gol saía primeiro na Globo.

    A TV Aberta segue viva, pois não é necessária uma conexão com a Internet –  basta instalar uma simples antena e pronto.

    Outro ponto importante é a força e a história de um profissional. Trata-se de Galvão Bueno (foto acima), que faz a sua última Copa do Mundo e não esconde a emoção e o divertimento no jogo. Os famosos clichês que ele usa não irritam mais os torcedores, que vão sentir falta de sua voz nos jogos. Além disso, a  ligação entre o narrador e a seleção é única, algo que a Globo soube construir muito bem ao longo dos anos, cativando os telespectadores.

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    Os outros canais abertos não souberam concretizar essa forte conexão com o público. Os números mostram que, mesmo em 1998, quando a Globo dividia a transmissão da Copa com outras quatro emissoras, ela atingiu 53 pontos no Ibope na estreia do Brasil contra a Escócia.

    Futuro online

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    O futuro pertence ao streaming, que vem crescendo cada vez mais, com uma imensa variedade de conteúdos e formatos. Casimiro (na foto acima na Cazé V) é uma amostra de que a Fifa acertou ao deixar a cobertura da Copa com ele – de forma divertida, despretensiosa e com uma linguagem simples, ele se tornou um nome forte e deve estar em outros mundiais.

    Mas essa será uma longa estrada que ele e outros vão ter que percorrer. O público, que espera sorrir com o hexa nesta Copa, quer ver os jogos de forma rápida e gratuita e ouvir a voz de um dos maiores profissionais da história do esporte na TV, que se despede este ano.

    Vida longa à nossa TV aberta!

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