O ex-meia holandês Fernando Ricksen faleceu aos 43 anos, em 18 de setembro de 2019, por conta de uma doença degenerativa. Com passagens pelo Zenit da Rússia e Rangers da Escócia, o ex-atleta sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

    Fernando Ricksen
    Fernando Ricksen (Reprodução / Web)

    Pouco mais de três meses antes de falecer, Ricksen se preparou para sua última noite.

    A doença em estágio avançado motivou o holandês a preparar uma despedida para os fãs. Sem poder falar, Ricksen utilizava um programa de computador para emular sua voz, assim como o cientista Stephen Hawking, que faleceu vítima da mesma doença.

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    Em um vídeo divulgado no Twitter, o ex-jogador convidou todos para um jantar, que teria apresentações musicais e show de humor. O valor do convite era de 70 libras (cerca de R$ 430 na cotação atual).

    “Olá. Terei uma noite especial no dia 28 (de junho). Uma vez que as coisas estão ficando muito difíceis para mim, esta será minha última noite. Venha e faça desta uma noite inesquecível. Espero vê-los logo”, dizia o convite.

    Doença sem cura

    Fernando Ricksen
    Fernando Ricksen (Reprodução / Twitter)

    Considerada uma doença rara no mundo, a Esclerose Lateral Amiotrófica afeta o sistema nervoso e, aos poucos, o corpo humano vai definhando progressivamente.

    Na ciência, a ELA é uma das doenças que mais mobiliza a classe em busca de informações e formas de tratamento, seja para prolongar a vida do paciente ou para tentar descobrir uma cura.

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    No caso de Fernando Ricksen, a doença se manifestou três anos após o jogador se aposentar. Em outubro de 2013, ele revelou ao mundo que estava com Esclerose Lateral Amiotrófica.

    Virou filme

    Fernando Ricksen
    Fernando Ricksen (Reprodução / Facebook)

    Em 2015, a vida do ex-meia holandês foi documentada pelo canal britânico Sky Sports. Com o nome Fernando Ricksen: Hard Times (ou, em tradução livre, Fernando Ricksen: tempos difíceis), a emissora acompanhou a rotina de Ricksen, que tentava se manter positivo na época.

    “Eu não posso ficar sentado e dizer: por que eu?”, declarou o holandês, dizendo-se “feliz e vivendo (…) Na minha cabeça, eu jogo todos os dias, mas meu corpo não quer mais isso. Você precisa dar ouvidos a seu corpo, mas acho que todo mundo que me conhece sabia que eu não escutava”, declarou Fernando Ricksen para o documentário.

    Além de mostar a vida dele com a doença, o longa mostrou outro lado do ex-jogador. O extracampo de Ricksen costumava ser agitado, especialmente no consumo de álcool. Entre 2000 e 2005 o atleta foi multado diversas vezes por consumo abusivo.

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    De 2013 em diante a doença foi avançando e, dia após dia, Ricksen foi perdendo sua saúde.

    Como jogador, Ricksen iniciou sua carreira no Fortuna Sittard e, quatro anos depois, se transferiu para o AZ Alkmaar, também da Holanda. De 2000 a 2005 jogou pelo Ranger, clube no qual foi ídolo. Da Escócia, rumou para a Rússia para defender o Zenit, onde permaneceu por três temporadas, até retornar ao clube que o revelou e encerrar a carreira na metade de 2013.

    Foram 13 títulos ao todo, sendo o mais relevante a Europa League de 2007/08.

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