A Copa do Mundo do Catar está chegando ao fim e uma sensação de nostalgia já preenche o coração do torcedor brasileiro. Muitas memórias afetivas são despertadas nessa época, por isso, listamos abaixo nove itens que somente quem viu as transmissões das Copas do Mundo nos anos 1980 e 1990 vai se lembrar. Confira:
Bolão do Faustão
Fausto Silva foi contratado pela Globo em 1989 e esteve na cobertura da Copa de 1990, disputada na Itália. Além de arriscar alguns comentários durante os jogos – afinal, ele já foi repórter esportivo – o apresentador comandou o Bolão do Faustão, que sorteava carros zero quilômetros antes, no intervalo e depois de cada jogo do torneio. A ação aconteceu por carta em 1990 e 1994 e, até 2010, por meios eletrônicos e com outros nomes.
Variedade de canais abertos
Se hoje temos apenas a Globo transmitindo na TV aberta, nos anos 1980 e 1990 não era assim. Em 1986, 1990 e 1998, por exemplo, o torcedor podia escolher entre Globo, Band, SBT, Record e Manchete. Em 1994, Globo, Band e SBT. Em compensação, a TV paga inexistia nos anos 1980 e engatinhava nos anos 1990, sem oferecer a variedade atual de canais e transmissões.
Aberturas personalizadas
Uma das expectativas por quem era apaixonado por televisão e por Copa do Mundo era aguardar as vinhetas personalizadas das emissoras, principalmente as da Globo, feitas por Hans Donner e sua equipe. Aberturas como das Copas de 1982 e 1990 marcaram época. A prática terminou em 2006 – em 2010, a Globo usou uma vinheta simples; desde 2014, por contrato, usa as aberturas oficiais do evento.
Autógrafo na hora do gol
A partir da Copa de 1982, na Espanha, cada jogador do Brasil que fazia gol assinava seu nome na tela da Globo. A prática foi utilizada até a Copa de 1998, na França. Desde 2010, a Fifa proíbe que as emissoras insiram qualquer tipo de arte na transmissão, utilizando apenas as imagens e caracteres oficiais.
Efeitos especiais
Antes dessa proibição da Fifa citada no item anterior, as emissoras usavam e abusavam de efeitos especiais durante os jogos de Copa. Nos anos 1980, quando tinha replay na tela, era comum ficar um “R” piscando enquanto o lance era exibido. Já a Globo mostrava uma zebra passeando pela tela nos jogos de Camarões na Copa de 1990. A emissora também mostrava animações quando os times faziam gol em 1990, 1994 e 1998 (nesta, somente em gols do Brasil).
Tempo e placar a cada cinco minutos
Nos anos 1980 e 1990, a coisa mais comum quando se assistia futebol era chegar alguém e perguntar quanto estava o jogo. Isso porque o tempo e o placar não ficavam fixos na tela – só apareciam, geralmente, a cada cinco minutos. O máximo que as emissoras faziam era colocar um cronômetro informando o tempo quando se chegava aos 45 minutos do segundo tempo. O placar fixo na tela foi utilizado pela primeira vez no Brasil na Copa de 2002, pela Globo.
Tira teima
A grande novidade da Globo para a Copa de 1986 foi o Tira Teima. Trata-se de um inovador programa de computador que conseguia transformar as jogadas em imagens para tirar dúvidas em lances capitais das partidas. A tecnologia, bem rústica na primeira exibição, foi aprimorada nas Copas seguintes, mas se tornou obsoleta nos últimos anos, tamanho o avanço tecnológico das transmissões. Em 2018, então, com árbitro de vídeo (VAR) e aviso da linha do gol no relógio dos juízes (esse já presente em 2014), não faz a menor falta.
Arakem na tela da Globo
Quem se lembra do Arakem, o gol man? Era um sujeito que apareceu em inúmeras vinhetas da Globo nos anos 1980 e foi o amuleto da emissora na Copa de 1986, no México, sempre rodeado por belas mulheres. A cada jogo, a Globo exibia um pequeno filme onde Arakem derrotava vilões dos países adversários – no caso, Espanha, Argélia, Irlanda do Norte e Polônia.
O vídeo da França foi gravado, mas, com a eliminação nos pênaltis, não foi exibido após o jogo – a Globo mostrou posteriormente como seria a brincadeira. Arakem era vivido pelo publicitário José Antônio Barros Freire, também conhecido como Barrinhos Freire, que atualmente trabalha como documentarista em São Paulo. O simpático personagem, no entanto, acabou ganhando a fama de pé frio.
Amarelinho na tela do SBT
O SBT acertou em cheio ao criar um boneco animado para celebrar as vitórias brasileiras na Copa. Era o Amarelinho, que surgiu em 1990 e tinha diversas reações ao longo do jogo, de acordo com os acontecimentos – gol do Brasil, ataque perigoso do adversário, impedimento, entre outras. Ele também esteve na campanha do tetra, em 1994, quando foi realizada uma promoção onde as pessoas enviavam cartas contando quantas vezes o Amarelinho apareceu no vídeo, e deu adeus em 1998, última Copa exibida pelo SBT. A criançada adorava!