A dor de perder uma pessoa querida é inexplicável. Muitos conseguem seguir em frente, enquanto outros demoram para assimilar a perda ou simplesmente não resistem.
Ademir, ex-jogador do Corinthians, ao lado da esposa (Reprodução / Web)Foi o que aconteceu com Elisabete Aparecida Bagnoli Gonçalves, que foi casada com Ademir Gonçalves, jogador do Corinthians nos anos 1970. Ela faleceu horas depois do velório do marido.
Zagueiro de raça
Ademir jogou pelo Corinthians entre 1972 e 1978. Zagueiro raçudo, encantou a fiel torcida corintiana, que passou a vibrar com cada roubada de bola e a forte marcação aplicada pelo jogador em seus adversários.
Ele estava presente na grande conquista do Campeonato Paulista de 1977, em que o Corinthians derrotou a Ponte Preta por 1 a 0 e saiu de uma fila de 23 anos sem ganhar um título sequer. Ademir fez história no Timão ao lado de Basílio, Palhinha, Zé Maria e Wladmir.
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O jogador também passou por XV de Piracicaba, Guarani, Oriente Petrolero, São José-SP e União Barbarense, encerrando a carreira em meados dos anos 1980.
O adeus
No dia 23 de junho de 2022, Ademir morreu, aos 75 anos. A causa da morte não foi divulgada. Quem divulgou o falecimento do ex-zagueiro foi sua sobrinha, Fernanda Bagnoli.
“Com o coração arrebentado de tristeza tanto quanto de gratidão e amor por tudo o que partilhamos, comunicamos que o nosso capitão Ademir Gonçalves retorna à vida espiritual. Esse ser humano fantástico nos fez maiores e melhores todos os dias de nossas vidas”, escreveu nas redes sociais.
Horas depois do velório do ex-jogador, sua esposa Elisabete Aparecida não suportou a perda e acabou falecendo após sofrer uma parada cardíaca.
“Minha tão amada tia Bete não suportou a vida na terra sem o seu Ademir. Seu coração se partiu sem o seu amor. Ela também retorna, agora, à pátria espiritual. Foi ao reencontro do seu eterno amor, que era também a sua vida. Irmanados em afeto e fé, creio que devagarinho superaremos tão difícil despedida”, divulgou Fernanda.
Isso mostra que, além da bola, o grande amor de Ademir foi Elisabete. Nem a morte os separou.