Ídolo do Corinthians, o colombiano Freddy Rincón faleceu aos 55 anos após um grave acidente de carro. O veículo do ex-jogador foi atingido por um ônibus na Colômbia no ano passado. O ex-craque teve traumatismo craniano e passou por uma cirurgia extremamente delicada, mas acabou não resistindo. Na madrugada do dia 13 de abril de 2022, partia para outro plano um ídolo nacional.
Carro de Rincón (Reprodução / Web)O carro de Rincón foi atingido em cheio quando atravessava um cruzamento. O ônibus acertou a lateral do veículo, que chegou a ficar desgovernado após o choque. Ambos tiveram perda total.
Segundo publicação do G1, que teve acesso às imagens disponibilizadas pela prefeitura, aparentemente o sinal fica vermelho quando o ônibus atravessa o cruzamento. Ainda de acordo com o texto, pode ter havido excesso de velocidade.
Investigação
A primeira informação das autoridades locais era de que o condutor do carro não havia sido identificado. O único fato confirmado foi a presença de mais três pessoas no veículo, sendo duas mulheres, que foram socorridas.
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Após novos detalhes da investigação, a Procuradoria Geral da Colômbia afirmou que Freddy Rincón era o condutor do carro envolvido no acidente com o ônibus na cidade de Cali.
“Inicialmente, o procurador-geral indicou que o jogador Freddy Eusebio Rincón Valencia conduzia o veículo envolvido no acidente que ocasionou sua morte, em Cali (Valle del Cauca). Essa conclusão está apoiada em relatórios técnicos e forenses, pelas análises realizadas pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e pelos vídeos das câmeras de segurança do setor. A informação obtida até o momento foi corroborada com as testemunhas e pessoas que se aproximaram do local do acidente para ajudar nas tarefas de resgate”, publicou o Instituto.
A família do ex-jogador refuta a versão de que Rincón era o motorista que atravessou o sinal vermelho. Manuel Rincón, irmão do ex-Corinthians, cedeu entrevista ao programa Semana, de uma TV colombiana, negando a acusação.
“Há câmeras de segurança e há indícios do local onde o carro foi atingido. Se fosse Freddy dirigindo e outra pessoa fosse o copiloto, o morto não seria Freddy. Por isso estavam demorando tanto [a Fiscalía], porque estavam introduzindo corrupção. Aquele promotor não pode afirmar uma dessas coisas; coletar provas é fácil, mas o problema é que quem estava dirigindo ameaça e compra testemunhas e eles simplesmente replicam isso. O Ministério Público deveria ter investigado quem eram essas pessoas há muito tempo, como eles não vão perceber se Freddy foi o único que morreu e os outros saíram ilesos, como ele vai dirigir. O promotor está mentindo, eles não estão investigando bem”, desabafou o irmão.
Quem estava no veículo?
Além do craque nacional, estavam no carro María Manuela Patiño, de 20 anos, e Lorena Cortés, de 40 anos. Segundo a investigação, além das duas mulheres, poderia haver mais pessoas no carro.
Para o periódico El Tiempo, Lorena Cortés revelou em seu depoimento para a polícia que o ex-jogador era o motorista e que haviam cinco pessoas dentro do carro.
As demais informações, como o depoimento de Patiño e as provas da apuração foram mantidas em sigilo de investigação.
O enterro de Freddy Rincón aconteceu dois dias após a morte, e foi motivo de comoção não só na Colômbia, como no Brasil, país onde o ex-jogador foi vencedor.
Craque incontestável
Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia nasceu em 14 de agosto de 1966, em Buenaventura, na Colômbia. Rincón fez parte da maior geração de jogadores do país, a qual encantou o mundo.
Durante a década de 90, o jogador chamou a atenção do futebol brasileiro e foi contratado pelo forte Palmeiras da era Parmalat. Na época, o meia-atacante ficou pouco tempo, mas o suficiente para cair nas graças do povo.
Para a infelicidade do Real Madrid, o colombiano não conseguiu desempenhar o mesmo futebol apresentado no Palmeiras e Napoli. Taxado como lento pela imprensa local, Freddy não teve muitas oportunidades e voltou ao Palmeiras, em 1996.
Rincón trocou o Verdão pelo rival Corinthians, onde virou ídolo máximo. Pelo Timão, o colombiano recuou em campo, sendo o volante e capitão do time que conquistou o Bicampeonato Brasileiro (1998 e 1999) e o Mundial de Clubes em 2000.
Antes de se aposentar, em 2004, no alvinegro, o colombiano passou por Santos e Cruzeiro.