Já imaginou um site de acompanhantes patrocinando times e campeonatos de futebol? Pois isso já existe! A profissão mais antiga do mundo agora se modernizou e muitos clubes estão fechando parcerias com sites do segmento. Um exemplo recente é o Vitória, que fechou um acordo com a Fatal Model até o fim da temporada de 2023.
Fatal Model – Vitória (Pietro Carpi / ECV)Atualmente, o mercado de acompanhantes no Brasil tem mais de milhão de profissionais, onde 86% vendem seu serviço nas ruas, sob o risco de sofrer diversos abusos. A profissão é reconhecida como ocupação pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho, desde 2002, e não possui restrições legais quando praticada por adultos em locais apropriados.
Plataforma de acompanhantes
A era digital tornou a comercialização deste serviço muito mais fácil não só para quem procura, mas também para quem oferece. Surfando nesta onda está o site de acompanhantes Fatal Models, que além de divulgar seus serviços está liderando um posicionamento de respeito e empoderamento das profissionais do sexo.
Trata-se da maior plataforma do ramo no Brasil e a segunda mais acessada do mundo em 2022. Criada em 2016, registrou 20,9 milhões de usuários, 18 mil profissionais cadastrados e 504 milhões de acessos mensais no ano passado.
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Para mostrar ao público que, assim como em outros países (como a Holanda, por exemplo), a profissão pode ser regulamentada e respeitada, o site resolveu investir pesado em Marketing.
Patrocinadora do futebol
A estratégia foi investir no patrocínio do esporte mais amado do Brasil: o futebol. A empresa patrocinou estaduais em todo o país, como Sergipe, Ceará, Paraná, Goiás, Amazonas, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
Tradicional e majoritariamente masculino, a plataforma achou importante dirigir sua mensagem a este público, pois acredita que muito da estigmatização e preconceito vêm dele, assim como a maioria de seus clientes.
“Queremos passar os nossos valores e conseguir educar esse público, que é o que consome mais o nosso serviço”, explica ao Estadão, a sexóloga Nina Sag, 38 anos. Ela é porta-voz da Fatal Models e oferece seu serviço na plataforma.
A empresa já havia patrocinado times avulsos, estampando sua logo de borboleta em times catarinenses, um paulista, um piauiense e um potiguar. Seguiu para a Copa do Brasil, chegando ao Brasileirão em jogos de grande relevância. E não para por aí. Alçando voos maiores, Nina confirma que já tem novos contratos em estaduais e irão apostar em outras modalidades esportivas. A sexóloga acredita que tudo é possível, desde que haja oportunidades.
“Os ideais do Fatal Model, sobre profissionalismo, sempre foram e sempre serão a principal pauta debatida pela plataforma, e em conjunto com a paixão nacional, o futebol, esses ideais vêm se propagando cada vez mais. Patrocinar os campeonatos é uma oportunidade de propagar esses valores e ainda articular a conscientização”, explica a empresa que prevê uma maior visibilidade dos serviços a partir da transmissão de jogos, em rede aberta de televisão.