Se arrependeu: ídolo italiano revela qual foi maior erro de sua carreira
26/07/2023 às 12h58
O lendário goleiro italiano Gianluigi Buffon, de Juventus, Parma e Seleção Italiana, revelou no canal Bobo TV, comandado pelo seu compatriota Christian Vieri, qual o maior erro em sua carreira vitoriosa.
Buffon no Parma (Reprodução / Web)No dia 21 de março de 2023, o arqueiro falou sobre a sua passagem pelo PSG e o que faltou para o clube conquistar a tão sonhada Liga dos Campeões na temporada 2018/19.
“No ambiente [do PSG] faltava a atitude que tinha a Juventus, essa vontade de lutar como qualquer Chiellini (zagueiro do Los Angeles FC)”, relatou o jogador.
Buffon trocou a Juventus pelo PSG após defender por 17 anos a Velha Senhora. O projeto era ambicioso, o elenco contava com grandes estrelas como Neymar e Mbappé, além de muita grana envolvida.
“Foi a melhor experiência da minha vida [ir para a França], ali me senti um homem livre. Depois de um tempo eu já falava francês, conversava com as pessoas na rua, visitava museus… E aí tive a sensação de estar em um time muito forte, havia uma qualidade incrível nos treinos”, contou Buffon.
LEIA TAMBÉM:
● Bico: artilheiro da Champions é vendedor de pizza nas horas vagas
● Aos 56 anos, ex-Palmeiras tem contrato renovado por time português
● Exceção: ídolo do Palmeiras abre o jogo e faz revelação surpreendente
Se arrependimento matasse…
Apesar do goleiro estar adorando a nova cidade, uma decisão em campo o incomodou. Buffon não seria titular nas partidas da Liga dos Campeões, o francês Areola assumiria a meta na competição continental.
A escolha pelo colega acabou irritando o italiano, que não pensou duas vezes e abriu mão de uma bolada para retornar à Juve.
“Sair foi um grande erro. Até abri mão de 10 milhões de euros. Me disseram que ficaram satisfeitos comigo, mas que na próxima Liga dos Campeões gostariam de utilizar Areola, goleiro revelado na base. Eu não aceitei. Para mim o esporte é para quem merece jogar. Por que eu seria reserva na França?”, lembrou o goleiro.
De acordo com Buffon, aquela edição da Champions tinha tudo para ser conquistada pelo PSG. Porém, em dois grandes jogos contra o Manchester United, pelas oitavas de final, o Paris acabou ficando pelo caminho.
“Eu estava convencido de que poderíamos ganhar a Liga dos Campeões, fomos superiores a todos. Fomos a Manchester jogar a ida das oitavas e dominamos. Depois, na volta, fomos eliminados e essa segue sendo a maior decepção da minha carreira até hoje”, declarou.
Ano conturbado
O ano de 2019 não foi nada fácil para Buffon. Além da rescisão precipitada com o PSG, o arqueiro enfrentou uma depressão e a acusação de ser fascista, tendo que ser o que sempre foi: destemido.
Em seu texto para o Player’s Tribune, intitulado Uma carta ao meu eu jovem, no dia 14 de outubro de 2019, o atual goleiro do Parma falou sobre todas essas questões, incluindo a depressão que encarou no auge de sua carreira:
“Se você viver de maneira niilista, pensando apenas em futebol, faz com que sua alma comece a murchar”, disse.
Buffon relata que escreveu a frase de cunho fascista “Morte aos Covardes” pensando ser uma frase motivacional e que não era um slogan da extrema-direita. Esse episódio causou muita dor para sua família, como também escreveu em sua carta.