O começo da década passada não foi fácil para o palmeirense. Após seguidos insucessos, uma notícia abalou profundamente os torcedores: o ídolo Marcos acabava de anunciar a aposentadoria do futebol.
Goleiro Marcos (Reprodução / Web)Se o torcedor já estava triste pelo segundo rebaixamento, ainda teve que lidar com a ausência do ídolo que defendia a meta alviverde.
O que restou aos palestrinos foi presenciar o jogo de despedida de Marcos, recheado de ídolos, no Pacaembu, em 12 de dezembro de 2012.
Despedida
Ronaldo Fenômeno e Marcos (Reprodução / Instagram)
Em depoimento ao site do Palmeiras no dia 30 de novembro de 2012, São Marcos falou sobre sua despedida e do momento do Verdão na época.
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“É óbvio que, como torcedor, queria me despedir em um momento melhor. Negociamos a partida de despedida no começo do ano, em fevereiro. Não sabíamos que o Palmeiras seria campeão da Copa do Brasil e muito menos que iria ser rebaixado. Tenho que cumprir contrato. Mas não vejo motivo para desespero. O Palmeiras vai dar a volta por cima, eu acredito nisso”, contou Marcos.
Marcos jogou no Arsenal?
Parte do elenco do Arsenal em 1993 (Reprodução / Web)
Marcos não virou Santo apenas pelos milagres debaixo das traves. Nos momentos mais delicados do Palmeiras, ele esteve presente.
O arqueiro teve a oportunidade de deixar o time em 2003, após ser peça importante na conquista do pentacampeonato mundial do Brasil na Copa do Mundo de 2002.
O destino? O Arsenal, da Inglaterra. O goleiro chegou a viajar a Londres para realizar exames, mas seu coração e a paixão pelo Palmeiras falaram mais alto.
“Na minha época, o Palmeiras caiu em 2002 e eu tinha contrato. Tenho muitos defeitos e um deles é falar demais, mas eu tinha algo de bom que não era apenas o profissional. Eu era homem e torcedor. Sou assim: se me empresta, eu devolvo. Se eu quebro, eu arrumo. E como eu caí, tinha a obrigação de subir”, afirmou Marcos.
Marcos preferiu jogar uma Série B pelo alviverde ao invés de atuar na Europa ao lado de estrelas do futebol mundial. A atitude do jogador ficou marcada nos corações dos torcedores.
Eterno camisa 12
Jogador Marcos, no Palmeiras
Ostentando o símbolo do Palmeiras no peito, Marcos realizou 530 jogos, conquistou vários títulos, fez defesas memoráveis e emitiu declarações polêmicas.
Quando as coisas não aconteciam, era o camisa 12 que parava para dar entrevista à imprensa. De cabeça quente, Marcos não cuspia fogo para todo mundo, mas dava seu recado respeitoso e coerente a cartolas, jogadores e treinadores.
Um estilo diferente do Marcos que se envolveu em polêmicas após a aposentadoria. Defensor ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcos chegou a dizer nas redes sociais, em um desabafo motivado por questões políticas, que jogaria no Corinthians.
“Se fosse hoje acho que jogava mesmo [no Corinthians], principalmente em ver o bando de Zé ruela que virou nossa torcida, por isso, meus ídolos são outros, os que lutam não os que choram”, disparou Marcos em junho de 2020.
