Desde que Galvão Bueno deixou a Globo, no final da Copa do Mundo do Catar, o maior narrador do país, sempre que pode, alfineta sua ex-empresa.
Galvão Bueno na Olimpíada de 2016 (Reprodução / Globo)Ao ter seu contrato encerrado com a emissora carioca, o apresentador expôs em entrevistas sua mágoa com alguns profissionais do canal.
Elogios
Para dizer que nem tudo são críticas e rancor, Galvão também fez questão de exaltar Boni, ex-vice-presidente de operação da Globo. Conforme publicou o site Metrópoles, no dia 27 de julho de 2023, o narrador demonstrou sua gratidão ao executivo da emissora.
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Além de Boni, outras duas pessoas foram citadas como “mestres no trabalho” para Galvão: o ex-jornalista Armando Nogueira e o Rei Pelé, com quem dividiu as transmissões da Seleção Brasileira.
“Eu digo sempre que a vida me deu três mestres no meu trabalho. O primeiro deles é o Boni, que foi o cara que fez tudo isso [que a Globo é], e hoje até estão estragando um pouco o que ele fez. O Boni me ensinou uma coisa: ‘Sempre se pode fazer melhor’”, contou Galvão.
Mágoa com a Globo
Um dos motivos pelo qual Galvão se queixou durante as entrevistas após sua saída da Globo, foi a atual direção da maior emissora do país. De acordo com o comunicador, os diretores estão “estragando” o legado de Boni.
Quando ainda era funcionário da TV, Galvão concedeu uma entrevista à Revista Veja, onde revelou a mágoa de perder todo o time que fazia a Fórmula 1 para a Band.
“Meu time inteiro foi para a Band transmitir a Fórmula 1 e eu fiquei só”, lamentou em setembro de 2022.
É que no início de 2021, a Band confirmou a compra dos direitos de transmissão da principal competição de automobilismo. Além de tirar a Fórmula 1 da Globo, a emissora de Johnny Saad também tirou os profissionais da concorrente.
O narrador Sérgio Maurício e os comentaristas Reginaldo Leme e Felipe Giaffone, além da repórter Mariana Becker, formaram o time da emissora paulista.
Pode isso, Arnaldo?
Página virada, o narrador se juntou com a produtora Play9 e fundou o Canal GB. Como cartão de visita, Galvão chegou mostrando a que veio. Logo na primeira transmissão, um jogo da Seleção Brasileira.
Mas Galvão se sentiu incompleto. Seu fiel companheiro de transmissão e de vida, Arnaldo Cézar Coelho, não pôde fazer parte da equipe que contava com Tino Marcos e Walter Casagrande.
“Fiquei chateado com a proibição do Arnaldo de participar comigo. O Arnaldo não tem mais contrato com a Globo desde 2018, mas ele tem uma televisão que é afiliada. No contrato lá de trás, não pode participar de nada sem aprovação e depois as coisas mudaram, mas o contrato dele tem 32 anos”, declarou Galvão visivelmente chateado.
O casamento entre Globo e Galvão teve mais momentos felizes do que tristes, mas o narrador não faz questão de demonstrar sua decepção relacionada aos últimos acontecimentos.