Ofuscado por brasileiro, jogador improvisou para jogar com a nove

Zamorano

Para sorte dos amantes do futebol, cada país deste mundão tem craques em suas seleções e estes trazem a alegria e a magia para os gramados, mostrando que a arte do futebol não tem fronteiras.

A exemplo disso, a Seleção Chilena viveu seu auge entre 2015 e 2016. Conquistou duas edições da Copa América e esta geração foi considerada a melhor de todos os tempos. Dentre os destaques, estavam Marcelo Salas e Ivan Zamorano (foto acima). Em nível técnico e desenvoltura com a bola, ambos se equivalem. O que diferenciou Zamorano dos demais não foram suas excelentes atuações no Real Madrid e Inter de Milão, mas sim sua criatividade.

Era 18 e virou 9

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Quando, em 1996, o goleador internacional se mudou para o Inter, ele reinou absoluto com a camisa 9, um clássico no mundo futebolístico. Mas a majestade durou pouco. No ano seguinte, o eterno Fenômeno, Ronaldo, “chegou, chegando” ao time e já roubou-lhe a número nove, tão amada.

Zamorano, então, ficou com o direito de escolher um novo número, mas o da sorte era o 9. Ele queria aquilo para si. Foi então que “Nossa Senhora do Gol de Ouro” iluminou o craque, que inusitadamente escolheu seu novo número: 1+8, ou seja, 9, comprovando o dito popular que diz “é igual, mas diferente”.

“O diretor esportivo, Sandro Mazzola, me disse para escolher um número que somava nove. Eu disse: ‘Posso adicionar um sinal de mais?’ Ele me disse que não. Eu disse: ‘Como assim? Solicite a permissão’. Falei com Massimo Moratti (então presidente), que perguntou à federação italiana. Desta maneira, joguei com a 18, 1 + 8 e não perdi a 9″, explicou o craque em entrevista, conforme noticiou o portal MKT Esportivo.

Zamorano permaneceu com o número que tanto lhe agradava e Ronaldo também exibia, triunfante, seu 9 nas costas.

“Minha camisa 1+8 da Inter é algo insólito na história do futebol. Todos os torcedores italianos me lembram dessa camiseta. Ronaldo para mim foi o melhor 9 da história e dar a ele minha camisa 9 era o que tinha que fazer. Assim, me reinventei com a 1+8. Tanto na vida como no futebol, temos que nos reinventar”, orgulha-se Zamorano, conforme publicado no Trivela em abril de 2020.

Início de carreira e regresso às Américas

Zamorano iniciou sua carreira em pequenos clubes chilenos, como o Cobresal e Cobreandino. Em 1988, foi contratado pelo St. Gallen, da Suiça, e despertou para o futebol europeu. Logo foi para o Sevilla e, em 1992, aterrissou no Real Madrid (foto acima). Foram 97 gols, em 168 jogos, marca incrível, que escreveu sua história no futebol.

Zamorano ainda passou pelo América do México e Colo-Colo e ficou às margens de um contrato com o Boca Juniors.

“Onde estive mais perto de jogar na Argentina foi no Boca. Me ofereceram um contrato no ano 2000, mas eu já tinha um acerto de palavra com o América (do México). Minha mulher é torcedora do Boca, meus filhos também, meu sogro do Independiente. Cada vez que vou para lá, vamos aos dois clubes e ao estádio”, afirmou o ex-atacante.

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