Depois do fim da Copa do Mundo de 2022, Galvão Bueno encerrou sua carreira na TV aberta e hoje segue no comando de seu canal no YouTube, entrevistando e narrando eventos esportivos.
O locutor aposta tudo nessa nova fase. Para tanto, ele e se aliou a outra pessoa poderosa da Internet: Felipe Neto.
Com 24 anos, Felipe Neto criou um canal em que ele, usando óculos de sol, reclamava de tudo e de todos. Com o crescimento, ele passou a mirar o público infantil e hoje se tornou um empresário bem-sucedido e um grande influenciador digital, atuando fortemente nas eleições presidenciais de 2022.
Em 2019, Felipe, João Pedro Paes Leme e Marcus Vinicius Freire criaram a Play 9, empresa que leva soluções digitais para clientes e pessoas.
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Galvão digital
Em abril de 2022, a Play 9 anunciou que Galvão Bueno tinha fechado contrato com a empresa para virar um “publisher” – uma figura que se torna um veículo de comunicação para outras empresas ou plataformas.
“É o início de uma história que ficará marcada no entretenimento. A partir do ano que vem, o Galvão será digital. E pra quem achava que seria o fim de suas narrações: nem pensar…”, escreveu Felipe em suas redes sociais.
Ao falar sobre a parceria, Galvão disse que não pretende ser um influenciador, mas sim um profissional a favor da notícia e da informação esportiva.
“Não gosto muito de alguns usos do termo ‘influenciador’ e eu também não tenho a expectativa de ser um. Quero, sim, traçar os meus caminhos para me tornar um publisher. Hoje se fala muito em plataforma, só que eu me imagino sendo um hub e usando todas as plataformas para diversos tipos de conteúdo, seja uma transmissão, um programa, uma entrevista ou uma história”, disse o narrador.
Correndo contra o tempo
A primeira grande transmissão foi o amistoso Brasil x Marrocos, em março deste ano. A Play 9 cuidou de tudo para que o projeto fosse ao ar.
“[João Pedro] entra em contato comigo, fala que vamos transmitir o amistoso da Seleção e que precisamos preparar tudo em cinco dias. Tínhamos o Galvão e acabou”, disse Felipe ao UOL em 11 de abril deste ano.
“Tivemos que levantar tudo em cinco dias, e a Play 9 precisou agir em todas as frentes. Fechamos seis patrocínios, fechamos com colaboradores e funcionários para fazer tudo, levantamos o sinal, a estrutura, o cenário, tudo”, continuou.
Mesmo com toda a correria, a transmissão foi um sucesso, e o canal de Galvão, que tinha 10 mil inscritos, fechou o dia com 700 mil.
Em busca da estabilidade
Isso é apenas o início de um trabalho que promete crescer. Mas o fundador da Play 9 acredita que o mundo digital precisa ter uma estrutura semelhante à de uma emissora de televisão.
“Precisamos trazer para o digital um pouco mais de estabilidade. A instabilidade assusta uma galera e faz a emissora parecer um lugar mais seguro”, opinou.
Além dos jogos da seleção, Galvão acompanha a temporada de Stock Car e faz entrevistas com colegas do jornalismo e esportistas de várias categorias.