Globo vê concorrentes interessados na Copa de 2026

Neto Baita Amigos

A Copa de 2026 já está agitando o mercado mundial de mídias. A edição, que terá tríplice nacionalidade e 48 times disputando a taça, voltará a acontecer entre os meses de junho e julho, nos Estados Unidos, México e Canadá, simultaneamente.

No que se refere aos direitos de transmissão, o evento não incluirá a exclusividade na TV aberta, tampouco de uma única emissora. No próximo Mundial, o Grupo Globo (que já fechou contrato) poderá transmitir a Copa na TV aberta, canais por assinatura, internet e streaming, mas sem exclusividade. Esta decisão inusitada deixou o mercado brasileiro de mídia em alvoroço e fez a emissora economizar milhões.

Segundo o Notícias da TV, a Globo investiu US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) por ano pelos direitos de transmissão e exclusividade, o que “engoliu” o (que seria) lucro de mais de R$ 1 bi. Foi empate técnico. Analisando friamente, o plim plim pagou para trabalhar, pois num evento de grandíssimo porte como este, há o custo de equipes, transmissão etc. O que eles arrecadaram não pagou as despesas.

Concorrência em alerta

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Com esta reviravolta, a Band já demonstrou interesse nos direitos, 12 anos após sua última transmissão, quando televisionou a edição brasileira da competição, em 2014. E, como todo bom brasileiro, o que vai decidir a negociação é “la plata”, a “bufunfa”, o “cascalho”. Dependendo das condições, o tradicional canal de esportes baterá o martelo. As negociações começarão após a final do Mundial do Catar.

Conforme noticiado pelo Notícias da TV, a Band propôs sublicenciar a transmissão da Copa do Catar, para exibição no BandSports, seu canal por assinatura. Mas a vingança é um prato que se come frio… A Band conquistou o Mundial de Clubes e a Fórmula 1 para sua grade, anteriormente, e, assim, a emissora dos Marinho resolveu dar o troco e não seguiu com a negociação, ficando sozinha na cobertura.

A emissora carioca tem contrato com a FIFA até 2026 e com o COI (Comitê Olímpico Internacional) até 2032, mas ambos sem exclusividade. Globo e Band já “dividiram o pão” nas edições de 2010 e 2014 para a Copa. Em 2016, para a Eurocopa, e em 2017 para a Copa das Confederações. Só não aconteceu no Mundial da Rússia porque o grupo da família Saad estava passando por uma crise financeira.

Há especulações (conforme matéria do NaTelinha) de que o SBT, de Benjamin Back (foto acima), e RecordTV também entrem na disputa, com possibilidade de parceria para divisão dos custos e pacotes de jogos (e esta divisão pode abranger, inclusive, a Band).

Disney (detentora da ESPN), Warner e HBO Max também se pronunciaram a favor, para exibição nos canais de assinatura e streaming. Vale lembrar que a HBO Max já transmite a Champions League e que SBT e RecordTV voltaram a transmitir eventos futebolísticos como Libertadores, Copa Sulamericana e o Paulistão.

A Band em 2014

Na última vez que transmitiu a Copa do Mundo, a Band contou com mais de 1.200 profissionais espalhados pelo Brasil. Durante os 32 dias de evento, foram mais de 350 horas dedicadas ao mundial.

O time da emissora contava com nomes como os narradores Téo José (hoje no SBT, na foto acima), Oliveira Andrade, José Luiz Datena, Nivaldo Prieto, Dr. Osmar de Oliveira e Ulisses Costa. Nos comentários, contou com Neto, Denilson, Edmundo, Djalminha, Pedrinho, Ronaldo Giovanelli, Bobô e Éder Aleixo. Já a seleção de apresentadores era composta por Milton Neves, Renata Fan, Paloma Tocci, Patricia Maldonado, Fernanda Maia e Larissa Erthal.

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