Profissional de extrema importância para o jornalismo esportivo brasileiro, Roberto Petri faleceu em 19 de setembro de 2021, aos 85 anos, na cidade de São Paulo. O jornalista foi um dos criadores do icônico programa Mesa Redonda da TV Gazeta e teve um papel fundamental na formação de muitos nomes que fazem sucesso até hoje, como é o caso de Galvão Bueno.
Galvão utilizou suas redes sociais para prestar uma homenagem emocionante ao profissional responsável pelo seu início de carreira na TV Gazeta. Em 1974, Petri selecionou Galvão em um concurso realizado pela emissora.
Segundo o filho do jornalista, Bruno, afirmou ao programa Domingo Esportivo da Rádio Bandeirantes, o pai faleceu após ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral).
“Ele teve um AVC, já estava muito fraco. Teve uma infecção urinária, e deu um AVC braquiocefálico, que debilitou ele muito, não conseguiu resistir”, contou Bruno.
Gratidão eterna
Em sua conta no Instagram, Galvão Bueno fez uma declaração emocionante ao parceiro de longa data.
“Morreu neste domingo Roberto Petri, grande jornalista esportivo, criador do ‘Dente de Leite’, que tantos grandes jogadores formou. Amigo querido, Petri também foi, na Rádio e TV Gazeta, o criador do concurso que buscava novos nomes para a comunicação esportiva e que em 1974 mudou o rumo de minha vida!”, escreveu Galvão.
O apresentador aproveitou para demonstrar sua gratidão pelo cronista e desejou muita luz na passagem.
“Fica aqui meu agradecimento e a certeza de que Petri terá muita luz nessa nova jornada!”, finalizou Galvão.
Outro nome lendário do jornalismo esportivo que expressou seu pesar foi Milton Neves. Em seu blog no UOL, em 19 de setembro de 2021, o jornalista iniciou sua homenagem afirmando que “a crônica esportiva está de luto”.
Academia Dente de Leite
Com o bordão “craque na bola, craque na escola”, Roberto Petri e Eli Coimbra fundaram a Academia Dente de Leite, com o objetivo de revelar novos talentos para o futebol brasileiro. Um dos nomes que surgiram na academia foi Muricy Ramalho, ex-meia do São Paulo.
Segundo Milton Neves, os jornalistas não ficavam com nenhum centavo dos atletas que saíam de lá.
Neves também mencionou a fama de turrão do antigo colega, mas destacou que, na realidade, Petri era uma pessoa de índole doce e amigável para os que o conheciam de verdade.
Responsável por lançar craques dentro e fora dos campos, Roberto Petri contribuiu para a formação de grandes seres humanos, fornecendo orientação educacional para jovens humildes.
Ao longo de sua carreira, Roberto Petri passou por várias emissoras de rádio, como Bandeirantes, Tupi, Difusora e Excelsior (atual CBN), e também trabalhou em diversas emissoras de TV, como Tupi, Cultura, Gazeta, Jovem Pan, CBI e ESPN Brasil. Além disso, ele teve passagens por jornais como Última Hora, Diário da Noite, Diário de São Paulo, Mundo Esportivo, Popular da Tarde e Jornal Equipe, e também pela Revista Player.
Roberto Petri era casado com Carmelina, que faleceu em 2008, e o casal teve quatro filhos, dois homens e duas mulheres. Infelizmente, uma das filhas, Cláudia, a mais velha, foi tragicamente assassinada pelo ex-marido em 2007.
