Ex-zagueiro campeão mundial com o São Paulo, Fabão trocou os gramados pelo tatame e hoje é faixa preta de jiu-jitsu. O gosto pela modalidade veio por acaso e tem durado desde então: são 10 anos de prática.

    Fabão
    Fabão (Rubens Chiri / saopaulofc.net)

    Fabão marcou seu nome no tricolor paulista, ajudando o time a conquistar quatro títulos: Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial de Clubes.

    No fim de sua vitoriosa carreira, quando defendia o Sobradinho, do Distrito Federal, Fabão conheceu a arte marcial quando fazia musculação. Após insistência de um colega, o ex-zagueiro começou a praticar jiu-jitsu.

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    Para o ex-jogador, a arte marcial entrou em sua vida na hora certa. A transição para a aposentadoria nem sempre é fácil e, de acordo com ele, o jiu-jitsu funciona como uma terapia.

    Animal enjaulado

    Fabão no São Paulo
    Fabão no São Paulo (Divulgação / SPFC)

    É comum ver os jogadores que se aposentaram do futebol entrando em outro ramo, mas sem perder a veia competitiva. Mas acalmar uma alma que passou boa parte da vida na adrenalina da disputa não é tão simples….

    Fabão encontrou no jiu-jitsu a calma que procurava, o que muitos podem achar contraditório, afinal se trata de um esporte físico.

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    “Só quem faz sabe: ele (jiu-jitsu) doma o animal que tem dentro de você. Tem gente que não tem controle emocional, que de repente se coloca, sabe se defender. O animal dentro de você fica bem enjaulado”, afirmou Fabão ao GE em 19 de junho de 2023.

    Para quem costumava não aliviar em campo, a terapia no tatame fez bem ao atleta.

    “É uma terapia, não dá para descrever o que significa. É um esporte que me acalmou, que é bom para a autoestima e que me dá confiança. Dá muito respeito do tatame para fora, de como abraçar o ser-humano. É uma coisa sem explicação”, explicou.

    Faixa preta

    Fabão
    Fabão (Reprodução / Web)

    Fabão treina em Goiânia, local onde mora. Sob a tutela do mestre Miogre Tavares na Gracie Barra, a faixa preta veio em 2020.

    O ex-zagueiro falou sobre a trajetória até conquistar a sonhada faixa.

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    “Sempre falo para os meus amigos: quando você chega na faixa azul, não pare. Eu fiquei três anos parado, e falaram para voltar. Quando voltei, não parei mais. São dez anos já praticando”, afirmou ao GE.

    Fabão sonha em dividir o tatame com os ex-companheiros de São Paulo. Segundo ele, o ex-atacante e comentarista do SporTV, Grafite, seria uma pessoa com quem gostaria treinar.

    Já sobre Lugano, ele disse que o Boxe combina mais com o estilo do uruguaio.

    A competição não faz parte dos planos de Fabão, que leva a arte marcial como um estilo de vida. Ele se contenta com os treinos, onde o “bicho pega”. O foco é manter a mente e o corpo saudáveis.

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