Ex-São Paulo discutiu com Ceni e quase amputou perna após treino

Vélber no São Paulo (Reprodução / Web)

Após se destacar pelo Paysandu, clube no qual conseguiu a façanha de vencer o Boca Juniors dentro da Bombonera, pela Libertadores em 2003, o meia Vélber chamou atenção de grandes clubes do Brasil, entre eles, o São Paulo.

Vélber no São Paulo (Reprodução / Web)

O atleta não pensou duas vezes para aceitar a proposta do Tricolor e trocou Belém pela capital paulista em 2004. Risadinha, como é conhecido, chegou cercado de expectativa após formar um trio de respeito com Iarley e Robgol no Papão da Curuzu.

O começo do meia-atacante foi bom, mas um lance despretensioso quase o fez amputar a perna.

Tinta do mal

Em entrevista ao GE do Pará, no dia 13 de julho de 2023, o ex-jogador do São Paulo contou a história em detalhes.

“Em um treino, eu dei um carrinho no Luis Fabiano e fiquei sujo de tinta, só que nessa tinta tinha um bichinho que fica na grama e ele acabou entrando na minha perna e comeu ela. Se eu demoro mais 30 minutos para ir ao médico, eu teria que amputar minha perna”, revelou Vélber.

“Por conta disso, passei seis meses fazendo uma câmara hiperbárica, pois eu estava com foliculite. Tive que fazer um trabalho para recuperar e colocar esse bicho para fora. Depois, eu tive que fazer um trabalho para recuperar a minha forma física”, completou o ex-jogador.

Peitou Rogério Ceni

Rogerio Ceni (Rubens Chiri / saopaulofc.net)

Na entrevista, o ex-jogador do São Paulo também revelou que discutiu com o ídolo máximo do clube.

Vélber comentou sobre a felicidade de dividir o vestiário com caras consagrados do futebol nacional, como Luis Fabiano, Cicinho, Junior e Grafite.

Outro jogador que o paraense admirava era o goleiro Rogério Ceni, contudo, um episódio fez o capitão cair no seu conceito.

De acordo com Vélber, o ex-goleiro e atual técnico de futebol foi desrespeitoso com seu estado, motivo que o fez discutir de forma ríspida Rogério.

“Cara, falou em Belém o bicho pega. Apesar desse tamanho, eu mandei ele para longe. Eu estava como titular na equipe. Discutimos dentro do avião, mandei ele para longe e falei que se ele não me respeitasse, eu iria dar uma entrevista dizendo o que ele tinha falado. Acabou que ele ficou calado e acabei não comentando”, revelou o ex-meia.

O motivo da desavença entre os colegas de time aconteceu porque Ceni se referiu a Belém do Pará como “c* do mundo”. Vélber se sentiu ofendido e peitou o camisa 1 do time.

“O jogo seguinte seria com o Paysandu, em Belém, pelo Campeonato Brasileiro. Eu estava feliz por ver a família, os meus filhos. Eu não sabia que ele estava puto e perguntei: ‘Rogério, em quantas horas vamos chegar em Belém?’. Ele respondeu: ‘Velbinho, o c… do mundo é longe’. Perguntei: ‘Como o c… do mundo é longe?’, e ele respondeu que Belém é o c.. do mundo”, contou Vélber.

Prisão, rebelião e quase morte

Vélber (Fernando Torres / Ascom Paysandu)

Em 2015, Vélber se entregou à polícia por não conseguir arcar com a pensão alimentícia dos seus quatro filhos. Com 37 anos na época, o ex-meia ficou preso por 2 meses e 26 dias.

Enquanto esteve encarcerado, Vélber viveu numa montanha russa. Os outros detentos requisitavam o então jogador para as partidas de futebol na prisão, mas quando aconteciam as rebeliões, ele virava alvo, por ser de “nível superior”.

E foi dessa forma que sua vida esteve perto do fim. Desesperado com a situação, Risadinha tentou se proteger fugindo da confusão, fazendo uma corda com um lençol.

“Foi então, que o pessoal da Tropa de Choque, que estava do lado de fora, o colocou na mira. Vélber foi salvo por um agente prisional que avisou ao policial que aquele preso não estava fugindo, era só o Vélber e que não levava perigo a ninguém”, falou Fábio Santos advogado de Vélber para o UOL dia 28 de agosto de 2015.

Vélber se aposentou em 2016, quando atuava pelo Paysandu.

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