Considerado por muitos o Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, já está internado desde 29 de novembro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
No dia 2 de dezembro, o boletim médico apontava que o paciente havia sido acometido por uma infecção respiratória, mas, no dia seguinte, o Jornal Folha de São Paulo publicou que o ex-jogador está sob cuidados paliativos por não responder mais ao tratamento quimioterápico para combater um tumor no intestino.
Você sabe o que isso significa?
Os cuidados paliativos englobam uma série de procedimentos adotados com a finalidade de aliviar o sofrimento do paciente, promovendo uma melhoria em sua qualidade de vida.
Essa é uma terminologia inicialmente aplicada à especialidade oncológica (tratamento de câncer), mas que depois se estendeu a todo paciente que esteja sendo acometido por uma doença progressiva.
Como funcionam?
A Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) alerta para a necessidade de desmistificar a ideia de que cuidados paliativos só são aplicados quando não há mais esperança de cura, em pacientes em estado terminal.
Na prática, um dos preceitos desta filosofia é afirmar a vida, ao mesmo tempo em que se considera a morte como um processo natural, que não é acelerado, nem tampouco adiado. Tais cuidados podem ser aplicados tanto em casa como no hospital, da mesma forma que acontece com Pelé (na foto acima, em tratamento em 2021). Uma das principais áreas de atuação é o controle da dor.
Todas as decisões referentes aos cuidados paliativos são tomadas por uma equipe médica multidisciplinar. De acordo com informações do site Notícias da TV, optou-se por evitar tratamentos mais pesados, como à quimioterapia, devido à fragilidade do organismo. Para amenizar os incômodos da falta de ar, o corpo clínico aumentou a dosagem de remédios leves.
Galvão pediu orações
Na abertura da transmissão da partida entre Camarões e Brasil, válida pela terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, o locutor fez um apelo pela saúde do craque, com quem dividiu a cabine em três torneios de seleções.
“Queria um momento de reflexão e pensamento positivo, seja qual for sua religião, seu credo ou sua crença. Pelé é único. Ninguém nunca será próximo dele como jogador, um amigo querido. Tive a felicidade de transmitir e trabalhar três Copas do Mundo com ele. Uma pessoa absolutamente do bem. Pelé está passando por um momento difícil. Hoje ele me mandou um recado dizendo que está na fase de ver o que está acontecendo. Estamos todos juntos com ele”, declarou o principal narrador da TV Globo.
O carinho entre os dois, ao que tudo indica, é recíproco. No início de novembro, o ex-jogador do Santos participou de uma homenagem para Galvão no Domingão com Huck.
“O Galvão pensou que eu iria esquecer dele em um momento como esse. Claro que não. Você ainda mora no meu coração e não vai sair nunca”, declarou-se.
Críticas à imprensa
Os médicos decidiram pela internação de Edson Arantes do Nascimento para que pudessem reavaliar os efeitos da quimioterapia para combater um tumor no intestino, diagnosticado no ano passado. Tão logo a decisão veio a público, as herdeiras do craque teceram críticas à parte da imprensa.
Flávia Arantes do Nascimento (na foto acima com Pelé), uma das filhas, postou.
“Tá uma confusão aí porque meu pai foi para o Einstein fazer os exames. Peço desculpas por causa dessa mídia do mal, que fica antecipando e criando fatos que não existem, que a gente nem tá sabendo. Mas ele está, sim, fazendo os exames, como sempre, acompanhando a evolução do câncer que ele tem. Vamos manter essa energia de Copa do Mundo que ele ama e que é o que ele precisa. Super obrigada pelo carinho, pela preocupação. Mais razão e menos emoção”.
