Por muito pouco, Fausto Silva não se tornou âncora do Jornal da Globo durante a Copa de 1994, disputada nos Estados Unidos. Mas a empreitada não foi adiante por questões de saúde.
A participação de Faustão era um dos principais desejos do então diretor da Central Globo de Jornalismo, Alberico de Souza Cruz.
A ideia
A ideia era que Faustão fosse âncora do telejornal ao lado da titular, Lillian Witte Fibe (foto acima), chamando os destaques relacionados ao Mundial – algo como Galvão Bueno faz atualmente no Jornal Nacional.
O jornal O Globo de 8 de junho de 1994 destacou que Faustão fez uma bateria de exames em um hospital e chegou à conclusão que a tarefa seria inviável – ele continuaria normalmente apresentando o Domingão do Faustão e também comandaria os sorteios do Bolão do Faustão, que distribuía veículos zero quilômetros em todos os jogos do torneio.
“Um pouco cansado e com problemas na garganta, Fausto prefere guardar as energias para os trabalhos que já tinham sido fechados anteriormente. Com a agenda repleta, prefere só falar com os jornalistas depois da Copa”, informou a reportagem.
Dessa forma, ficou definido pela direção da emissora que Witte Fibe permaneceria sozinha no comando do telejornal, o que realmente acabou acontecendo.
Repórter
Vale lembrar que, originalmente, Faustão era repórter esportivo, tendo trabalhado nas rádios Jovem Pan, Excelsior e Globo e como comentarista de futebol do Bom Dia São Paulo.
Foi atuando como âncora do programa Balancê, na Rádio Excelsior, que ele chamou a atenção de Goulart de Andrade (1933-2016), que o levou para a TV, onde passou a comandar o Perdidos na Noite na TV Gazeta, em 1984 – posteriormente, a atração passou pela Record e pela Band, levando-o, finalmente, ao Domingão do Faustão, em 1989.