Um dos grandes expoentes da crônica esportiva brasileira, Silvio Luiz revelou que sua maior mágoa durante toda a sua carreira foi não ter passado mais tempo com seus filhos. O depoimento do narrador está no documentário produzido pela RedeTV!, intitulado Especial Silvio Luiz.
Silvio Luiz (Reprodução / Web)O especial está disponível no streaming da emissora, o RedeTV! Go, e foi lançado no último dia 13 de julho. Além do documentário, é possível assistir toda a programação do canal no aplicativo.
A homenagem ao icônico narrador foi lançada um dia antes de seu aniversário de 89 anos, dando início às celebrações e possibilitando que ele relembrasse diversos momentos da sua carreira.
Questionado sobre seus filhos, Silvio Luiz desabafou, muito emocionado, ao falar da relação com eles e de como falhou enquanto pai.
“Não vi meus filhos crescerem, é uma mágoa que tenho comigo mesmo (…) Eu carrego essa culpa!”, expressou Silvio.
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Olho no lance!
Silvio Luiz carrega em seu sangue a locução. Filho de uma das pioneiras no ofício, Elizabeth Darcy, contou com a ajuda da mãe para começar sua carreira na Rádio São Paulo, em 1952.
O jovem Silvio começou fazendo pequenas participações em radionovelas. Dois anos depois, trabalhou na TV Paulista, onde iniciou sua trajetória no jornalismo esportivo. No mesmo ano, em 1954, ganhou o prêmio Roquete Pinto como melhor repórter esportivo.
Sua primeira cobertura de Copa do Mundo aconteceu no ano do bicampeonato, em 1962, pela Rádio Bandeirantes. Desde então, Silvio Luiz foi narrador, gerente de esportes da Rede Record e comentarista em programas esportivos.
Multiplataforma
Com quase sete décadas no jornalismo esportivo, o narrador pegou todas as mídias possíveis da comunicação. Entre rádio, jornal, TV e internet, Silvio Luiz esteve sempre presente, com seus bordões inesquecíveis e seu jeito único de transmitir jogos.
De Sul-Americano Sub-20, passou pelo Rockgol, da MTV, jogos de videogames e Olimpíadas. E foi assim que o consagrado comunicador atravessou gerações da família brasileira.
Durante a sua participação no O Programa de Todos os Programas, da Record, de 12 de julho de 2022, Silvio Luiz explicou como surgiram os bordões.
“Começou na Record, quando apareceram o Flávio Prado e o Eli Coimbra como repórteres. A gente tinha um diálogo maior. Por exemplo: ‘E aí, Flávio, o que é que só você viu?'”, contou Silvio.
Entre as expressões mais conhecidas do narrador estão: “O que que eu vou dizer lá em casa”, “Pelo amor dos meus filhinhos”, “Minha Nossa Senhora”, “Pelas Barbas do Profeta”, “Olho no Lance” e “Quando eram jogados redondos”.
A lista de bordões não tem fim. De fato, Silvio Luiz é uma lenda viva do jornalismo esportivo brasileiro.