O dia 22 de fevereiro de 2010 nunca mais será esquecido pelo ex-atacante Deivid. O então camisa 9 do Flamengo perdeu um gol inacreditável, há menos de três metros da baliza, sem goleiro.

    Deivid no Flamengo
    Deivid no Flamengo (Reprodução / Web)

    Era apenas ele, a bola e a rede. Porém, a trave direita do Nilton Santos acabou mudando a vida do artilheiro para sempre.

    Mesmo seguindo a carreira de treinador atualmente, David é assombrado pelo fatídico lance, que não aconteceu em um jogo qualquer, foi diante do arquirrival Vasco da Gama.

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    Salvador da lavoura

    Vagner Love e Adriano Imperador
    Vagner Love e Adriano Imperador (Reprodução / Web)

    Com a missão de substituir a dupla do “Império do Amor”, formada por Adriano e Vagner Love, Deivid chegou cercado de expectativas após suas passagens por Corinthians, Cruzeiro e Santos.

    Para o site da ESPN, no dia 11 de outubro de 2022, o ex-jogador comentou sua passagem pelo Flamengo, que apesar da conquista do Campeonato Carioca de 2011, não foi como o esperado.

    ”Eu não me arrependo de ter jogado no Flamengo. A minha estratégia que foi errada. Eu tinha Corinthians, Santos e Cruzeiro e não queria voltar para esses três clubes, porque na minha cabeça, se eu voltasse, todo mundo ia querer o Deivid que passou por lá alguns anos atrás. E com uma certa idade você não consegue mais correr como antes. Eu não ia conseguir ter o mesmo desempenho que eu tinha”, declarou.

    Vilão no Rio, herói na Turquia

    Deivid no Fenerbahce
    Deivid no Fenerbahce (Reprodução / Web)

    Com a camisa do Flamengo, Deivid disputou 94 partidas, marcou 31 gols e conquistou um estadual. Mas a imagem que ficou foi a do gol perdido no clássico.

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    E se boa parte da população do Rio de Janeiro tem o ex-atacante como vilão, em Instambul, na Turquia, a história é bem diferente.

    Após breve passagem pelo Sporting Club de Portugal, Deivid foi vendido ao Fenerbahçe em 2006. No clube, encontrou vários jogadores brasileiros – Alex, Roberto Carlos e Edu Dracena -, além dos “quase” brasileiros, como Lugano e Maldonado.

    Sob o comando de Zico, “os feras” fizeram história no clube. Em extensa entrevista para o UOL, no dia 17 de abril de 2019, Deivid relembrou da época de Fener e como é lembrado pelos torcedores até hoje.

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    “Marcou muito, é o maior time da história do clube. Marcou época, o clube nunca tinha passado da primeira fase da Champions League e chegamos nas quartas de final. Então marcou história. E ainda foi um prazer trabalhar com o Zico, é um cara sensacional, fiquei tremendo quando conheci”, comentou o ex-atacante.

    Um vencedor

    Deivid ao lado de Zico
    Deivid ao lado de Zico (Reprodução / Instagram)

    Como a maioria dos jogadores de futebol, Deivid teve que enfrentar percalços na infância. O diferencial do caçula de setes irmãos para os demais jogadores foi a resiliência para continuar diante das pedras no caminho.

    Ainda jovem, Deivid vendeu churrasquinho, pastéis e pipoca nas ruas para ajudar a família na renda de casa. Ele dividia sua rotina entre o trabalho e os treinos na escolinha Frutos da Terra, em Nova Iguaçu. Quando foi promovido ao profissional, era comum não ter dinheiro da passagem.

    Deivid perdeu o pai quando tinha apenas nove meses de vida. Sua mãe, Maria de Souza, faleceu aos 73 anos, por complicações cardíacas, mas criou todos os filhos em uma casa de um cômodo, no subúrbio do Rio de Janeiro.

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    O ex-atleta e hoje técnico passou por todas as dificuldades, venceu como jogador e iniciou mais uma batalha, a de treinador. Independente de sucesso, Deivid já é um vencedor.

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