O ano de 2003 ficou marcado pela mudança no regulamento do Campeonato Brasileiro, que passava a ser disputado por pontos corridos. Os 24 times disputavam em turno e returno qual era a equipe mais forte e consistente do país.

    Alex Alves e Müller, no Cruzeiro
    Alex Alves e Müller, no Cruzeiro (Reprodução / Web)

    Vinte anos depois, alguns jogadores que fizeram parte da mudança já partiram, como Alex Alves e Serginho. Contudo, estão marcados na história por disputarem a primeira edição do então novo modelo de competição.

    Outras figuras saudosas do nosso futebol também participaram dessa mudança.

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    Novo formato

    logo da Globo
    Futebol na Globo em 2002 (Reprodução / Web)

    O Brasileirão do ano anterior à implementação dos pontos corridos teve apenas um turno antes da fase eliminatória. Para a Globo, detentora dos direitos de transmissão, esse formato deveria continuar.

    Os pontos corridos já eram uma realidade na Europa e ainda que premiasse o time mais consistente, a emissora apostava na emoção do mata-mata. Mas a CBF bateu o pé e manteve sua decisão…

    Marcados na história

    Serginho no São Caetano
    Jogador Serginho no São Caetano (Reprodução / Web)

    Foram mais de 1000 jogadores no primeiro ano do Campeonato Brasileiro por pontos corridos. A emoção que antes focava em quem passava para a fase de mata-mata foi distribuída entre a classificação da Libertadores e a briga para fugir do rebaixamento.

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    Entre esses atletas, alguns deles já não estão neste plano, mas fica a lembrança e a homenagem por participarem de um divisor de águas na história do futebol nacional.

    Duas vezes vice-campeão do Brasileirão – em 2000 e 2001 -, o zagueiro Serginho do São Caetano faleceu em campo, em uma partida contra o São Paulo no Morumbi. Um dos capitães do time, Serginho tinha 30 anos quando passou mal no gramado e acabou falecendo.

    Alex Alves no Atlético Mineiro
    Alex Alves no Atlético Mineiro em 2003 (Reprodução / Web)

    Outro atleta de renome nacional da época também partiu cedo. Alex Alves, que na época jogava pelo Atlético Mineiro, faleceu em 2012, aos 37 anos, após um transplante de medula óssea. Seu organismo rejeitou as células e ele teve falência múltipla dos órgãos.

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    Um problema chamado infarto

    André Neles
    André Neles (Reprodução / Web)

    O meio-campo Rafael Coutinho, que jogava pelo Vasco em 2003, teve sua afirmação no ano seguinte, sendo titular em boa parte da temporada. Ele se aposentou dos gramados em 2018 e, dois anos depois, sofreu um infarto durante um almoço com a família e não aguentou, falecendo poucas horas depois, aos 36 anos.

    Além de Coutinho, outros ex-jogadores morreram pelo mesmo motivo. O primeiro “André Balada” da nossa história, André Neles (foto acima) atuou pelo Internacional em 2003 e, em 2020, teve um infarto fulminante, falecendo em casa aos 42 anos.

    Reginaldo Araújo era lateral direito e foi contratado pelo Santos para substituir Maurinho, jogando 36 dos 46 jogos da campanha do time no Brasileirão 2003. Seis anos depois de se aposentar, então com 38 anos, o ex-jogador fazia parte da comissão técnica do PSTC do Paraná quando passou mal durante um treino. Ele foi levado ao hospital e não resistiu.

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    Esquerdinha no Porto
    Esquerdinha no Porto (Reprodução / Werb)

    O emblemático lateral esquerdo do Goiás, Esquerdinha, fez 19 jogos pelo esmeraldino naquela edição. Em outubro de 2018, o ex-lateral se sentiu mal após uma partida na várzea, sofreu um infarto e faleceu em uma unidade de pronto atendimento, aos 46 anos.

    Cria de xerém, o lateral direito Jancarlos despontou pelo tricolor das Laranjeiras em 2003. Mas foi em 2005 que a jovem promessa teve seu auge, chegando à final da Libertadores com o Furacão. Ele faleceu em um acidente de carro em 2013, quando tinha 30 anos.

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