Jogador da Seleção Brasileira teve um dia de fúria e chutou colega
10/02/2023 às 16h10
Quem acompanha a história do gaúcho Cláudio Taffarel (56) sabe a quantidade de vitórias e títulos que ele já ganhou em sua carreira. Nascido em Santa Rosa (RS), iniciou sua trajetória no Internacional em 1985. Fez bonito e logo já “mostrou serviço”, sendo destaque do Brasileirão de 1986.
Ex-goleiros da seleção brasileira: Taffarel, Dida e Júlio César (Reprodução / Globo)Já no ano seguinte, entrou para a Seleção Brasileira, tornando-se ídolo da torcida. Atuou no Colorado por cinco anos e, apesar de sua trajetória meteórica, saiu do time sem conquistar nenhum título.
Carreira no Parma
Seu desempenho ultrapassou os continentes e logo depois da Copa de 1990 foi contratado pelo Parma, onde atuou em duas ocasiões: de 1990 a 1993 e de 2001 a 2003. Taffarel levou o Parma a conquistar a Copa da Itália em 1992 e a Recopa Europeia em 1993.
O jogador também teve uma passagem, por empréstimo, pelo Reggiana, na temporada 1993-94 e foi considerado o melhor goleiro da Itália em 1994.
LEIA TAMBÉM:
● Quando começa a venda de ingressos da final da Libertadores 2023?
● Após ser rebaixado à Série D, técnico vai trabalhar na Seleção Brasileira
● Se a moda pega: torcedor premia jogadores com fotos sensuais da esposa
Perdeu a boa
Logo em 1995, voltou para o Brasil para jogar pelo Atlético Mineiro, clube que defendeu até 1998. Foi no Galo, inclusive, que Taffarel viveu um dos momentos mais inusitados de sua carreira. De personalidade pacata e muito calado, estranhamente Taffarel teve um dia de fúria, num bendito confronto do Atlético Mineiro com a Caldense (MG) pelo Estadual Mineiro de 1996.
Ao ser driblado por Jamerson, Taffarel se descontrolou, deu um pontapé no adversário, jogando-o ao chão. Não satisfeito, enquanto Jamerson se contorcia caído, o goleiro se aproximou e lhe deu mais “uma bicuda”, saindo enfurecido de campo, mesmo antes do cartão vermelho subir.
O goleiro foi substituído pelo jogador Renaldo, que ainda fez uma defesa sensacional, garantindo o empate. Tal atitude deixou todos atônitos e até hoje o episódio é lembrando.
Taffarel, no dia seguinte, pediu desculpas ao jogador e se disse arrependido do ocorrido.
“Não é propriamente meu este tipo de atitude, que é uma agressão, e justamente uma agressão quando o jogador está deitado. Dei um mal exemplo e peço perdão a este jogador, à equipe da Caldense e também à torcida, que se a gente prega a não-violência, a gente tem que dar o exemplo dentro de campo”, desculpou-se Taffarel em entrevista ao GE/MG em 12/03/2015.
Mais descontrole do goleirão…
Mas se você pensa que foi só esta vez que Taffarel “perdeu a boa”, está enganado. Em outra ocasião, ainda pelo Inter, ao ser expulso, o jogador deu um empurrão (pelas costas) no juiz da partida, José Assis Aragão.
Pelo mesmo Atlético do fatídico episódio do chute, num outro dia aleatório, Taffarel foi para cima de alguns torcedores, que o chamavam de “frangueiro”, e lhe jogaram uma garrafa na cabeça durante um treino. Pela garrafada, o goleiro marrento levou dez pontos na testa.
“Foi uma coisa bacana. Eu desafoguei, o torcedor desafogou e no outro dia, todo mundo amigo, beleza. A torcida o mesmo carinho. Mas cara, foi uma coisa boa! Até porquê a gente tava passando um momento muito difícil, três meses de salário atrasado, o ambiente não tava legal… sabe, foi um desaforo assim, foi muito bom!”, desabafou o então goleiro, em entrevista a Galvão Bueno, no GE.
Tocando em frente
Mas estes destemperos não prejudicaram a carreira do atleta. Taffarel ainda atuou pelo Galatasaray, da Turquia, e retornou ao Parma, na temporada 2001-02. Como jogador, encerrou sua carreira aí, mas seguiu como treinador de goleiros no Galatasaray, Liverpool e na Seleção Brasileira (foto acima).