Quem acompanha a história do gaúcho Cláudio Taffarel (56) sabe a quantidade de vitórias e títulos que ele já ganhou em sua carreira. Nascido em Santa Rosa (RS), iniciou sua trajetória no Internacional em 1985. Fez bonito e logo já “mostrou serviço”, sendo destaque do Brasileirão de 1986.

    Taffarel, Dida e Júlio César
    Ex-goleiros da seleção brasileira: Taffarel, Dida e Júlio César (Reprodução / Globo)

    Já no ano seguinte, entrou para a Seleção Brasileira, tornando-se ídolo da torcida. Atuou no Colorado por cinco anos e, apesar de sua trajetória meteórica, saiu do time sem conquistar nenhum título.

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    Carreira no Parma

    Taffarel no Parma
    Goleiro Taffarel em sua passagem pelo Parma, na Itália (Reprodução / Web)

    Seu desempenho ultrapassou os continentes e logo depois da Copa de 1990 foi contratado pelo Parma, onde atuou em duas ocasiões: de 1990 a 1993 e de 2001 a 2003. Taffarel levou o Parma a conquistar a Copa da Itália em 1992 e a Recopa Europeia em 1993.

    O jogador também teve uma passagem, por empréstimo, pelo Reggiana, na temporada 1993-94 e foi considerado o melhor goleiro da Itália em 1994.

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    Perdeu a boa

    Logo em 1995, voltou para o Brasil para jogar pelo Atlético Mineiro, clube que defendeu até 1998. Foi no Galo, inclusive, que Taffarel viveu um dos momentos mais inusitados de sua carreira. De personalidade pacata e muito calado, estranhamente Taffarel teve um dia de fúria, num bendito confronto do Atlético Mineiro com a Caldense (MG) pelo Estadual Mineiro de 1996.

    Ao ser driblado por Jamerson, Taffarel se descontrolou, deu um pontapé no adversário, jogando-o ao chão. Não satisfeito, enquanto Jamerson se contorcia caído, o goleiro se aproximou e lhe deu mais “uma bicuda”, saindo enfurecido de campo, mesmo antes do cartão vermelho subir.

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    O goleiro foi substituído pelo jogador Renaldo, que ainda fez uma defesa sensacional, garantindo o empate. Tal atitude deixou todos atônitos e até hoje o episódio é lembrando.

    Taffarel, no dia seguinte, pediu desculpas ao jogador e se disse arrependido do ocorrido.

    “Não é propriamente meu este tipo de atitude, que é uma agressão, e justamente uma agressão quando o jogador está deitado. Dei um mal exemplo e peço perdão a este jogador, à equipe da Caldense e também à torcida, que se a gente prega a não-violência, a gente tem que dar o exemplo dentro de campo”, desculpou-se Taffarel em entrevista ao GE/MG em 12/03/2015.

    Mais descontrole do goleirão…

    Taffarel no Atlético MG
    Taffarel no Atlético Mineiro (Reprodução / Web)

    Mas se você pensa que foi só esta vez que Taffarel “perdeu a boa”, está enganado. Em outra ocasião, ainda pelo Inter, ao ser expulso, o jogador deu um empurrão (pelas costas) no juiz da partida, José Assis Aragão.

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    Pelo mesmo Atlético do fatídico episódio do chute, num outro dia aleatório, Taffarel foi para cima de alguns torcedores, que o chamavam de “frangueiro”, e lhe jogaram uma garrafa na cabeça durante um treino. Pela garrafada, o goleiro marrento levou dez pontos na testa.

    “Foi uma coisa bacana. Eu desafoguei, o torcedor desafogou e no outro dia, todo mundo amigo, beleza. A torcida o mesmo carinho. Mas cara, foi uma coisa boa! Até porquê a gente tava passando um momento muito difícil, três meses de salário atrasado, o ambiente não tava legal… sabe, foi um desaforo assim, foi muito bom!”, desabafou o então goleiro, em entrevista a Galvão Bueno, no GE.

    Tocando em frente

    Taffatel e Alisson
    Taffarel como preparador de goleiro com Alisson (Reprodução / Web)

    Mas estes destemperos não prejudicaram a carreira do atleta. Taffarel ainda atuou pelo Galatasaray, da Turquia, e retornou ao Parma, na temporada 2001-02. Como jogador, encerrou sua carreira aí, mas seguiu como treinador de goleiros no Galatasaray, Liverpool e na Seleção Brasileira (foto acima).

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