A máxima de que o talento vem de berço é a mais pura verdade. Galvão Bueno (72), que está definindo o seu futuro na Globo, é prova disso.

    Galvão Bueno e a mãe, Mildred dos Santos

    O narrador esteve por mais de 40 anos à frente das transmissões esportivas na emissora e se despediu na derrota do Brasil para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo. Foi o último jogo da Seleção Brasileira narrado por ele na emissora.

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    Talento no DNA

    Mildred dos Santos

    Galvão é sinônimo de esporte. É a voz que embala as principais modalidades esportivas nos lares brasileiros. Esse encanto é herança de sua mãe, a atriz Mildred dos Santos (93), destaque da extinta TV Tupi na década de 40. Filha de um rígido oficial do exército, Mildred já nasceu estrela, pois mesmo sendo militar, o pai escolheu o nome da filha já dizendo que ela seria artista. E assim foi.

    A atriz era uma promessa de sucesso e arrastava fãs por onde passava. Chocou a opinião pública na época graças aos muitos beijos que trocava nas novelas. Como a própria Pequetita (como era chamada, em virtude de um de seus mais famosos papéis) se orgulha, ela foi uma das atrizes mais beijadas naquele tempo.

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    Mildred dos Santos cuidando do filho, Galvão Bueno

    Apesar de tanta perspectiva, Mildred abandonou a carreira em detrimento do filho (foto acima), o jovem Galvão, de seu casamento com o também ator, Aldo Viana.

    “Meu filho apresentava problemas, ele começou a piscar sem parar e eu não entendia o que ele tinha. Levei ao médico e o médico falou que era falta de mãe. Eu me lembro que ele adorava maçãs e picolés. Um dia eu disse que tinha que trabalhar para comprar os picolés. E ele respondeu: ‘mamãe, eu não gosto mais de picolé'”, contou ela, ao UOL Esporte.

    Um dos maiores

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    Os anos se passaram e a dedicação de Dona Mildred valeu a pena. Seu carente garotinho virou um dos mais conceituados narradores esportivos do país, sendo laureado (no início da Copa do Catar) com o prêmio Journalists on the Podium, dedicado aos profissionais da comunicação que cobriram oito ou mais Copas, incluindo a atual edição.  Galvão Bueno recebeu o prêmio das mãos de Ronaldo Fenômeno.

    “Eu larguei a minha carreira cedo, mas valeu a pena. Eu fico admirada de ver o meu filho e ver o que ele é hoje, tudo o que ele conquistou. Eu nem vi o tempo passar, hoje vejo que ele se transformou em uma pessoa maravilhosa e simples”, orgulha-se a ex-atriz, ainda na entrevista ao UOL Esporte.

    Fora dos holofotes, mas sempre muito ativa, D. Mildred presidiu a Associação Beneficente Galvão Bueno, que realiza um trabalho filantrópico com idosos, em Londrina/PR.

    A matriarca surgiu no Domingão com o Huck, no dia 6 de novembro, em homenagem ao filho. Lúcida e com aparência mais jovem do que a idade diz, ela rasgou elogios para o único filho, da qual se diz muito orgulhosa.

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    “O meu filho Carlos Eduardo nasceu no dia 21 de julho de 1950. Foi o maior presente, o único filho que eu consegui ter. Mas você vale por mil”, afirmou a ex-atriz.

    Muito emocionado, Galvão retribuiu o gesto, declarando seu amor à mãe.

    “Amo muito minha mãe. Ela não pôde vir nesse momento, mas eu tenho certeza que ela está sentada na cadeirinha dela, de frente para a televisão, nos assistindo e emocionada. Mãe, te amo muito”, falou.

    A fala articulada e a boa aparência da ex-atriz movimentaram as redes sociais, como relata o TV Foco:

    “Chocado que a mãe do Galvão tem 93 anos, nem parece”, disse um internauta. “Dona Mildred super conservada e lúcida, vida longa a ela” desejou uma segunda. “Que linda homenagem da dona Mildred ao Galvão”, refletiu uma terceira.

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